Uso dos mini-STR NC01 e NC02 na prática forense: (I) validaçao; (II) análise em DNA degradado; (III) estudo populacional no Rio Grande do Sul
AUTOR(ES)
Paulo Eduardo Raimann
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
29/08/2011
RESUMO
Apresento esta tese, a qual vem atender aos propósitos do convênio de cooperação entre o Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular da PUCRS e o Instituto Geral de Perícias da Secretaria de Segurança do Estado do Rio Grande do Sul, na intenção de estabelecer uma rotina de identificação molecular humana a partir de DNA degradado que seja funcional e que tenha embasamento científico. Mesmo com os avanços dos kits comerciais de amplificação de DNA e dos equipamentos para extração e genotipagem, as amostras forenses continuam sendo desafiadoras. Com a ocorrência de desatres massivos ou com o aumento de amostras de vestígios, que irão fazer parte do banco de dados CODIS, é de extrema importância que os Laboratórios Forenses tenham a disposição marcadores que logrem amplificar fragmentos de tamanho reduzidos. O uso de miniSTRs é uma ferramenta importante para esse fim. Tanto o uso de miniSTR para a identificação de amostras de DNA degradado quanto a obtenção da frequência alélica de seis miniSTR foram realizados nas amostras de indivíduos provenienstes da população do Rio Grande do Sul. O estudo de validação foi realizado conforme orientação do Scientific Working Group on DNA Analysis Methods (SWGDAM), cujo objetivo foi examinar a robustez dos MiniPlex de miniSTR NC01 e NC02 em casos forenses. Neste estudo de validação foram testados fatores que potencialmente afetam negativamente as tentativas de genotipagens através da amplificação de STRs. O estudo do DNA degradado de amostras forenses foi realizado com 22 amostras de restos humanos (21 dentes e 1 osso). Devido à difilculdade de amplificação deste tipo de amostras nos laboratórios forense muitas vezes se faz necessário o uso da técnica do seqüênciamento do mtDNA que é demorada, de elevado custo e que indica somente o vínculo materno. Neste caso, o uso dos miniSTRs NC01 e NC02 para amostras difíceis se mostrou uma ferramenta plenamente eficiente, uma vez que permitiu a obenção do perfil genético em todas as amostras analisadas. Diante dos resultados do presente trabalho, é possível sugerir que o uso dos miniSTRs NC01 e NC02, em conjunto com outros kits comerciais de marcadores de tamanho reduzido, será de grande auxílio para os Cientistas Forenses. Com o estudo populacional aqui realizado passa a ser possível o emprego imediato destes marcadores nos casos forenses criminais e na identificação de vínculos familiares, dado que aumentam os índices obtidos através dos cálculos estatísticos.
ASSUNTO(S)
biologia geral prÁtica forense genÉtica biologia molecular dna
ACESSO AO ARTIGO
http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3788Documentos Relacionados
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