Uso do farelo de vagem de algaroba (Prosopis juliflora (Swartz) D.C.) em dietas para eqüinos

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Zootecnia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-08

RESUMO

Este trabalho foi conduzido para se avaliar o uso do farelo de vagem de algaroba (FVA) em substituição ao milho desintegrado com palha e sabugo (MDPS) sobre o consumo de nutrientes em dietas para eqüinos. Foram utilizadas 16 éguas da raça Mangalarga Marchador, com idade variando de 3,5 a 18,4 anos e peso médio de 394,8 kg. No ensaio de digestão, foi utilizado o método da coleta total de fezes e foram estimados os coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca (CDMS), matéria orgânica (CDMO), proteína bruta (CDPB), fibra em detergente neutro (CDFDN), hemicelulose (CDHCEL), fibra em detergente ácido (CDFDA) e energia bruta (CDEB). As dietas, isoprotéicas e isocalóricas, foram compostas de feno de coastcross e concentrado na proporção de 60:40. Os níveis de substituição do MDPS pelo FVA foram de 0, 33, 66 e 100%. O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados (idade das éguas), com quatro repetições por tratamento. Não houve efeito dos blocos nas variáveis avaliadas. O consumo de matéria seca não foi afetado pela inclusão do FVA, observando-se valores médios de 1,8% do peso vivo (PV), 7,02 kg MS/dia, 79,84 g MS/kg PV0,75. Os CDMS, CDMO, CDPB e CDHCEL não diferiram entre as dietas experimentais, com valores médios de 49,15, 50,18, 56,89 e 35,43%, respectivamente. Verificou-se efeito linear decrescente no CDFDN e quadrático no CDFDA e CDEB, em função dos níveis crescentes de substituição. De acordo com as equações de regressão, o valor máximo do CDFDA seria obtido com 22,3% de substituição, enquanto os valores do CDFDN e CDEB seriam máximos na dieta sem o FVA. Conclui-se que, apesar da redução no aproveitamento das frações fibrosas das dietas, o FVA pode ser utilizado em dietas para eqüinos.

ASSUNTO(S)

digestão eqüinos prosopis juliflora

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