Uso de substâncias psicoativas, contexto familiar e saúde mental em adolescentes brasileiros, Pesquisa Nacional de Saúde dos Escolares (PeNSE 2012)

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. epidemiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar a associação entre o consumo de substâncias psicoativas (tabaco, bebidas alcoólicas e drogas ilícitas) e variáveis demográficas, saúde mental e o contexto familiar em escolares. MÉTODOS: A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar foi realizada em uma amostra nacional de 109.104 alunos. Foram coletadas informações referentes às variáveis demográficas, contexto familiar e saúde mental. A regressão logística múltipla foi utilizada para avaliar as associações de interesse. RESULTADOS: As análises multivariadas mostraram que o consumo de álcool foi mais elevado entre as meninas, experimentação de drogas foi mais elevada entre os meninos e não houve diferença entre os sexos para tabagismo. Idade mais jovem e ser da cor parda estiveram associados negativamente ao uso do tabaco, bebidas alcoólicas e drogas ilícitas. Também estiveram associadas negativamente a tais comportamentos de risco as características do contexto familiar representadas por: morar com os pais, fazer refeição em conjunto e supervisão parental (os pais saberem o que o filho faz no tempo livre). Por outro lado, características da saúde mental como a solidão e insônia estiveram associadas positivamente ao uso do tabaco, bebidas alcoólicas e drogas ilícitas. Não ter amigos associou-se positivamente ao uso do tabaco e drogas ilícitas, e negativamente ao uso do álcool. CONCLUSÕES: O estudo aponta o efeito protetor da supervisão familiar no uso de tabaco, álcool e drogas, e, ao contrário, o aumento do consumo em função de aspectos relacionados à saúde mental, como solidão, insônia e não ter amigos. Os achados do estudo podem apoiar ações dos profissionais de saúde, educação, famílias e governo na prevenção contra o uso destas substâncias junto aos adolescentes.

ASSUNTO(S)

adolescentes inquéritos família tabaco bebidas alcoólicas drogas solidão saúde mental

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