Uso de preservativos, risco e ocorrência de gravidez não planejada e conhecimento e acesso à contracepção de emergência entre mulheres com HIV/aids
AUTOR(ES)
Figueiredo, Regina
FONTE
Ciência & Saúde Coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-06
RESUMO
O artigo enfoca o risco e a ocorrência de gravidez não planejada, abortos, conhecimento, acesso e uso da contracepção de emergência entre mulheres com HIV/aids. Utilizou-se abordagem quantitativa observacional realizada através de inquérito domiciliar em Santo André (SP), na qual se constatou que, após a informação sobre a infecção, 62,8% aderiram ao uso do preservativo masculino, 77,2% utilizando-o exclusivamente, 13% associando-o à pílula ou injeções hormonais e 9,8% alternado seu uso com coito interrompido, tabelinha ou duchas vaginais. Falhas mecânicas no uso do preservativo ocorreram com 38% e, somadas às falhas ligadas à alternância com métodos comportamentais, foram responsáveis por 40% dos casos de gravidez não planejada, ocorridas com 24% das entrevistadas, 22% resultando em abortos provocados. A contracepção de emergência era conhecida por 51,4% e apenas 2,7% a utilizaram. Conclui-se que falhas mecânicas ou comportamentais associadas ao uso de preservativo por mulheres com HIV/aids aumentam sua exposição a gestações não planejadas e abortos. É necessário ampliar as opções e fornecimento de métodos anticoncepcionais, incluindo a contracepção de emergência, bem como reorientar constantemente o uso de preservativos entre este público.
ASSUNTO(S)
comportamento contraceptivo anticoncepção planejamento familiar aids gravidez
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