Uso de milheto como silagem comparado a gramíneas tradicionais : aspectos quantitativos, qualitativos e econômicos / Use of pearl millet silage as compared to traditional grasses: quantitative aspects, qualitative and economic

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

27/02/2012

RESUMO

Os pecuaristas do Brasil dispõem de várias plantas forrageiras para serem conservadas na forma de silagem para suplementação dos animais no período de escassez de pastagens. Contudo, o milheto forrageiro é uma possível alternativa, tendo em vista o seu potencial de produção e possibilidade de cultivo como safrinha. O objetivo deste trabalho foi avaliar o milheto comparando com forrageiras para silagem (milho integral, milho sem espiga, sorgo e cana-de-açúcar) sob aspectos de produção e composição morfo-anatômica, caracterização do padrão fermentativo das silagens produzidas nos tempos de abertura dos mini-silos em 3, 7, 15, 30, 60 e 120 dias, assim como, estimar o custo de produção e o potencial de produção de leite em função da matéria seca das silagens produzidas. O experimento foi dividido em três fases: (1) Análise Quantitativa: composição anatômica, parâmetros agronômicos, produção de massa seca das plantas forrageiras utilizadas para o processo de ensilagem; (2) Análise Qualitativa: caracterização do processo fermentativo, através da abertura dos mini-silos em diferentes tempos (3, 7, 15, 30, 60, 120 dias) após a ensilagem, procedendo-se as avaliações de perda de efluentes e gases, além da determinação e composição bromatológica e fracionamento de proteína das silagens; (3) Análise Econômica: levantamento dos custos de produção da silagem de milheto em relação a outras culturas forrageiras tradicionais. O milheto apresentou o maior estande com 237 mil plantas/ha e o milho sem espiga com o menor estande 58,3 mil plantas/ha. Já a produção de massa verde (MV) do sorgo foi a mais elevada com 60,4 ton/ha, seguido pelo milho integral com 50,2 t/ha. A produção de matéria seca (MS) do milho integral foi de 20 ton MS/ha e, a do milheto, foi de 9,7 ton MS/ha. Quanto ao fracionamento de proteína, não houve diferenças (P<0,05) para a fração A na silagem de milheto nos diferentes tempos de abertura dos silos. Na análise econômica, o milho apresentou custo de produção menor em função de seu maior rendimento por área. Apesar do milheto apresentar potencial de produção semelhante ao milho, a produção efetiva foi inferior, o que comparativamente inviabilizaria sua utilização. Para que esta seja viabilizada economicamente é necessário que a produção seja mais elevada.

ASSUNTO(S)

custo produção fracionamento de proteína milho integral e milho sem espiga producao animal production cost protein fractions integral maize and maize without spike

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