Uso de medidas autorreferidas de peso, altura e índice de massa corporal em uma população rural do nordeste brasileiro

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. epidemiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-03

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar a validade do uso de dados antropométricos autorreferidos para o diagnóstico do estado nutricional em adultos de uma população rural do nordeste brasileiro. MÉTODOS: Foi realizado um inquérito de base populacional em uma amostra de 797 indivíduos com 18 anos de idade ou mais. Obteve-se a proporção de indivíduos que conheciam as medidas antropométricas. Para as análises da concordância entre os que informaram as medidas foram calculadas: diferenças entre médias, coeficiente de correlação intraclasse (CCI), estatística Kappa, sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN). Obteve-se também os gráficos de Bland e Altman. RESULTADOS: Não sabiam relatar informações sobre peso e estatura 58,5% dos entrevistados. O peso foi a medida mais conhecida em comparação às demais. A magnitude da diferença entre as médias foi pequena para peso, altura e índice de massa corporal (IMC) (0,43 kg, 0,31cm, 0,32 kg/m2, respectivamente), evidenciado uma boa concordância intrapares e uma tendência de superestimação das medidas. Os CCI para peso, altura e IMC foram, respectivamente, 0,96; 0,60 e 0,53. A estatística Kappa indicou bom acordo para os estratos avaliados. As medidas gerais de sensibilidade, especificidade, VPP e VPN foram 84,2; 82; 90,7; e 71,3%, respectivamente. Apresentaram menor acurácia nas medidas os idosos, pessoas com escolaridade inferior a quatro anos e que não se pesam frequentemente. CONCLUSÃO: Recomenda-se o uso com cautela de medidas autorreferidas em estudos epidemiológicos em populações rurais.

ASSUNTO(S)

Índice de massa corporal estado nutricional antropometria autorrelato estudos de validação população rural

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