Uso de macroalgas e variáveis físicas, químicas e biológicas para a avaliação da qualidade da água do Rio do Monjolinho, São Carlos, Estado de São Paulo.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

Um ecossistema fluvial tem uma extensa superfície de interação com os ecossistemas terrestres. O rio se integra com os ecossistemas terrestres, os quais drena, em uma unidade funcional mais equilibrada. É também um sistema de baixa tensão, que esta sobrealimentado e que exporta parte de seus materiais, mantendo um ciclo relativamente acelerado. Macroalgas, são organismos bentônicos que formam um talo maduro que é uma estrutura discreta porém reconhecível a olho nu. Estas algas têm sido amplamente utilizadas no monitoramento de rios, particularmente na Europa, como indicadores biológicos e são melhores que as variáveis físicas e químicas, que indicam as condições da água apenas no momento em que foram realizadas as medições, enquanto que as biológicas refletem os efeitos a médio e longo prazo sobre os organismos vivos. Este estudo teve como objetivo principal correlacionar as espécies de macroalgas encontradas, com as variáveis ambientais avaliadas para o rio do Monjolinho, traçando assim um perfil da qualidade de águas ao longo do rio. O trabalho foi realizado durante 6 meses (maio a outubro de 1998) no período menos chuvoso, em 6 estações de coleta distribuídas ao longo de toda a extensão do rio. Durante os seis meses foram feitas coletas em um transecto de 10m ao longo das margens do rio, dentro do qual foram feitas as coletas de água para a análise de nutrientes e material em suspensão e a medição das variáveis temperatura da água, condutividade, pH, turbidez, oxigênio dissolvido e coleta para a estimativa da abundância relativa das espécies de macroalgas presentes. Foram encontrados 16 taxa de algas, sendo que Vaucheria geminata, Schysomeris leibleinii, Geithlerinema amphybium e Stigeoclonium helveticum tiveram distribuições mais amplas. Quanto às variáveis ambientais, a estação 1 foi a que apresentou os menores valores de nutrientes e altos níveis de OD, enquanto que a estação 3 apresentou os mais altos valores de nutrientes e níveis muito baixos de OD. A classificação das estações de coleta, com base nos valores de DBO, Déficit de Saturação do Oxigênio, NH+ 4 e MO foi: a estação 1 como Oligossapróbia (zona de água saudável, não afetada pela poluição), estação 2 e 6 â- mesossapróbia (zona levemente poluída ou poluição fraca), estação, 4 e 5 á-mesossapróbia (zona poluída ou poluição forte) e estação 3 polissapróbia (zona muito poluída ou de intensamente decomposição bacteriana).

ASSUNTO(S)

rios ecologia ciências biológicas macroalgas ecologia de água doce

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