Uso de habtats por pequenos mamíferos não-voadores no Cerrado do Brasil Central

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Biol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-11

RESUMO

Pequenos mamíferos não voadores são organismos que permitem observações precisas sobre diferenças nos aspectos de riqueza, abundância, composição e uso de habitats. Com a finalidade de investigar a existência dessas diferenças entre Cerrado sensu stricto, Mata de Palmeiras Babaçu, Mata de Galeria e Campo Rupestre, realizaram-se, no período de maio de 1999 a fevereiro de 2000, levantamentos de pequenos mamíferos não voadores na Estação Ecológica Serra das Araras. Houve a captura de 218 indivíduos e 62 recapturas, pertencentes a 21 táxons, sendo 13 roedores e 8 marsupiais, em um total de 13.200 armadilhas × noite. O sucesso total de captura foi de 1,7%. A riqueza total de pequenos mamíferos foi maior nas áreas de matas (Mata de Galeria e Mata de Palmeiras Babaçu) do que nas áreas abertas (Campo Rupestre e Cerrado sensu stricto). A Mata de Palmeiras Babaçu foi a que apresentou a maior riqueza de marsupiais, possivelmente em virtude da qualidade de nicho específico. O Campo Rupestre apresentou menor riqueza, porém com abundância relativa muito alta de algumas espécies, principalmente Thrichomys pachyurus e Monodelphis domestica. Habitats florestados apresentaram similaridade em composição de espécies de pequenos mamíferos. Os habitats abertos Cerrado sensu stricto e Campo Rupestre foram distintos quanto à composição de espécies quando comparados entre si e com áreas florestadas. Diferentes espécies são exclusivas ou têm preferência por habitats específicos do mosaico fitofisionômico que forma o bioma Cerrado. A proteção de ambientaes horizontalmente heterogêneos, como é o caso do Cerrado, é de fundamental importância para manter a diversidade regional do centro-oeste brasileiro.

ASSUNTO(S)

cerrado estação ecológica serra das araras ecologia de mamíferos

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