Uso de everolimo de novo em receptores de transplante renal com doador vivo HLA idêntico

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Nefrol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-06

RESUMO

Resumo Introdução: Receptores de rim de doadores vivos HLA-idêntico apresentam menor risco para rejeição aguda e maior sobrevida do enxerto, quando comparado a outros tipos de transplante. Um regime imunossupressor sem inibidor de calcineurina (ICN) pode melhorar ainda mais esses resultados, através da redução de eventos cardiovasculares, metabólicos e tóxicos secundários a esse fármaco. Objetivo: Avaliar eficácia e segurança do novo tratamento imunossupressor com suspensão planejada do ICN. Métodos: Estudo prospectivo, aberto, braço único de tratamento em único centro para avaliar resultados do transplante renal HLA-idêntico em pacientes que recebem everolimo (EVR), tacrolimo (TAC) e corticoide, seguido da descontinuação do TAC 30 dias pós-transplante. Após análise interina de eficácia, a descontinuação do TAC foi postergada para o terceiro mês pós-transplante, através de emenda ao protocolo. Resultados: Trinta e nove pacientes foram incluídos. Apesar de as médias das concentrações de TAC e EVR terem respeitado os intervalos propostos, cinco pacientes tiveram rejeição aguda comprovada por biópsia e um paciente apresentou um episódio de glomerulite com depósitos de C4D. Esse resultado demandou o fim das inclusões. A proporção de pacientes com proteinúria > 0.5g/L não atingiu mais que 22% dos pacientes em nenhuma visita. Os eventos adversos mais frequentes foram relacionados ao uso de EVR: úlceras orais, dislipidemia e edema periférico. Conclusão: O regime proposto não foi eficaz para essa população, principalmente pela alta incidência de rejeição aguda. O perfil de segurança mostrou que a exposição prolongada a altas concentrações sanguíneas de EVR aumenta a incidência dos eventos adversos relacionados ao fármaco.

ASSUNTO(S)

doadores vivos imunossupressão transplante de rim

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