Uso de altos níveis de fitase em rações para frangos de corte / Use of high levels of phytase in diets for broiler

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Foram realizados três ensaios experimentais para avaliar os efeitos da suplementação de altos níveis de fitase sobre o desempenho, digestibilidade dos nutrientes e aproveitamento energético, retenção e excreção de minerais e características ósseas de frangos de corte. Utilizou-se, para o desempenho, 1848 pintos machos, Cobb-500, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com sete tratamentos e oito repetições. As rações foram à base de milho e farelo de soja, adotando-se um programa alimentar com três dietas, ração inicial (1-21dias), crescimento (22-35 dias) e final (36-42 dias). Os tratamentos foram: T1: ração controle sem enzima; T2: 1.500; T3: 3.000; T4: 4.500; T5: 6.000; T6: 8.000 e T7: 10.000 FTU/kg de ração. As dietas com fitase foram formuladas com redução nutricional. No 10 e 28 dias de experimento, quatro e três aves, respectivamente, de cada parcela foram transferidas para gaiolas de metabolismo, para obtenção dos coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca (CDAMS) e da proteína bruta (CDAPB), energia metabolizável aparente corrigida para balanço de nitrogênio (EMAn) e retenção aparente de cálcio e fósforo. Na fase de 1 a 21 dias de idade das aves, o aproveitamento dos nutrientes e da energia não foi prejudicado pela redução nutricional, mostrando ser bem sustentada pelos níveis da enzima. As suplementações de altos níveis de fitase nas dietas aumentaram de forma quadrática a retenção de cálcio, estimando a inclusão de 5.500 FTU/kg para maximizar a retenção (P<0,01). Em relação à retenção aparente de fósforo, houve um efeito linear crescente (P<0,01). Consequentemente, observou-se diminuição na excreção destes minerais (P<0,05). Porém, para o desempenho, conclui-se que apenas as suplementações de 4.500, 8.000 e 10.000 FTU/kg de ração proporcionam resultados de conversão alimentar semelhantes ao tratamento controle. No período de 1 a 35 dias, não houve diferença significativa entre os tratamentos no consumo de ração e no ganho de peso (P>0,05). A conversão alimentar das aves foi semelhante a partir da inclusão de 4.500 FTU/kg. Na fase de crescimento, não houve diferença no CDAMS, CDAPB e na EMAn (P>0,05). Estimou-se a inclusão de 5.000 FTU/kg de fitase para maximizar a retenção aparente de cálcio nesta fase (P<0,05). A retenção do fósforo foi maior com a suplementação de fitase (P<0,05). A excreção absoluta dos minerais nesta fase, também, foi significativamente maior pelas aves do grupo controle (P<0,05). Na fase total de 1 a 42 dias de idade das aves, o aumento no consumo de ração, consequentemente, influenciou a conversão alimentar das aves dos tratamentos que continham fitase. Entretanto, o ganho de peso e as características ósseas não foram afetados. Conclui-se que a suplementação, a partir de 4.500 FTU/kg em dietas com redução nutricional e da energia, na fase de 1 a 35 dias de idade dos frangos de corte, pode ser utilizada sem causar prejuízos no desempenho, na digestibilidade dos nutrientes, no aproveitamento energético e nas características ósseas. O maior aproveitamento do cálcio e do fósforo nas rações com níveis altos de suplementação de fitase, contribui significativamente para a redução na excreção.

ASSUNTO(S)

fósforo redução nutricional enzyme phosphurus zootecnia fitato enzima phytate nutrition reduction

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