USO DE ÁCIDO TRANEXÂMICO NO TRAUMA: UMA ANÁLISE DE CUSTO-EFETIVIDADE PARA O USO NO BRASIL

AUTOR(ES)
FONTE

ABCD, arq. bras. cir. dig.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-12

RESUMO

RESUMO Introdução: O uso do ácido tranexâmico (TXA) no trauma tem sido alvo de interesse crescente por parte de pesquisadores e profissionais de saúde. No entanto, seus benefícios ainda não foram completamente definidos. Os pontos de divergência entre especialistas incluem questões como: quais pacientes devem receber TXA no trauma? O tratamento deve ser realizado em ambiente pré-hospitalar? Há necessidade de exames laboratoriais para indicar o tratamento? Qual o perfil de segurança da droga? A principal questão para a qual ainda não existe qualquer embasamento na literatura é: qual a indicação do tratamento dentro de protocolos de transfusão maciça? Objetivo: Responder às questões propostas, com base em avaliação crítica da evidência reunida até o momento e realizar estudo de custo-efetividade do uso do TXA no trauma adaptado à realidade brasileira. Métodos: Foi realizada revisão da literatura através de estratégia de busca: PubMed.com, Embase e no Cab Abstract pelos descritores "tranexamic AND trauma", em todos idiomas, resultando em 426 artigos. Foram excluídos aqueles relativos às operações eletivas, restando 79 artigos. Cinquenta e cinco foram selecionados e avaliados criticamente com vistas a responder às questões em estudo. A avaliação de custo-efetividade foi realizada utilizando dados do estudo CRASH-2 e populacionais oficiais brasileiros. Resultados: Através da análise da evidência disponível chegou-se à conclusão de que o ácido tranexâmico é tratamento eficaz e efetivo, devendo ser administrado à ampla gama de pacientes, incluindo todos aqueles com indicação já avaliada nos protocolos de pesquisa publicados e provavelmente devam-se expandir os critérios de indicação. Quanto à avaliação de custo-efetividade, o TXA mostrou-se bastante custo-eficaz com gasto médio de R$ 61,35 por ano de vida salvo. Conclusão: O uso do ácido tranexâmico no trauma parece ser eficaz, efetivo e custo-eficaz nos diversos grupos de pacientes politraumatizados. Seu uso em protocolos de transfusão maciça ainda deve ser objeto de futuras investigações.

ASSUNTO(S)

Ácido tranexâmico trauma choque cirurgia coagulopatia custo-efetividade.

Documentos Relacionados