USO AGRONÔMICO DE LODO DE ESGOTO NA RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA: EFEITO RESIDUAL / Agronomic use of sludge sewage on the reclamation of degraded area: residual effect.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

31/01/2006

RESUMO

O uso agrícola do lodo de esgoto para a recuperação de áreas degradadas é uma das principais alternativas para disposição final deste resíduo resultante do tratamento de esgoto coletado nas cidades. A presente pesquisa teve por objetivo avaliar os efeitos residuais do lodo de egoto da Estação de Tratamento de Esgoto de Goiânia, ETE de Goiânia, aos 41 meses após sua aplicação no solo, no incremento de altura e diâmetro na altura do colo e nos índices de sobrevivência das espécies vegetais arbóreas mutamba (Guazuma ulmifolia), aroeira (Myracrodruon urundeuva), paineira (Chorisia speciosa) e pau-de-óleo (Copaifera langsdorffii), e nos seguintes parâmetros do solo: pH, matéria orgânica, capacidade de troca catiônica, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, cobre, ferro, manganês, zinco, cádmio, cromo, níquel e chumbo. Foram avaliados oito tratamentos, no delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos foram: testemunha, calagem + adubação mineral (40 kg ha-1 de P2O5 e K2O), 20 Mg ha1 de lodo de egoto, 20 Mg ha1 de lodo de egoto + bio-estimulador, 40 Mg ha1 de lodo de egoto, 40 Mg ha1 de lodo de egoto + bio-estimulador, 60 Mg ha1 de lodo de egoto e 60 Mg ha1 de lodo de egoto + bio-estimulador. Os efeitos residuais do lodo de egoto influenciaram positivamente a altura, o diâmetro e o índice de sobrevivência da mutamba (G. ulmifolia); a altura e o diâmetro da aroeira (M. urundeuva); o diâmetro e o índice de sobrevivência da paineira (C. speciosa); e o diâmetro do pau-de-óleo (C. langsdorffii) apenas nos casos em que houve associação com bio-estimulador. Verificou-se que a aplicação de doses únicas de lodo de egoto promoveu aumentos significativos de pH, CTC, matéria orgânica, fósforo, cálcio, ferro, cobre e zinco no solo, e uma tendência de redução nos teores totais de magnésio, cádmio, chumbo e cromo. Os teores totais de potássio, manganês e níquel no solo não foram alterados até 41 meses após a aplicação de doses únicas do lodo de egoto. A pesquisa sugere que o uso agrícola do lodo de egoto produzido na ETE de Goiânia, como fertilizante orgânico, é viável do ponto de vista técnico e ambiental. Todavia, seus efeitos sobre as propriedades químicas do solo devem ser mantidos sob monitoramento constante.

ASSUNTO(S)

recuperação de áreas degradadas bio-estimulador espécies arbóreas lodo de esgoto agronomia 1 - lodo de esgoto 2 - recuperação de áreas degradadas 3 - lodo como fertilizantes 4 - Áreas degradadas (agricultura) 5 - Árvores tropicais reclamation of degraded areas bio-stimulator arboreous species sludge sewage

Documentos Relacionados