Usinas, colônias e famílias : trajetórias de trabalhadores em uma usina de açúcar (1960-1990)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

01/07/2011

RESUMO

A gestão da força de trabalho assume diversas configurações. De acordo com contextos histórico-sociais específicos, observa-se o surgimento de diversas estruturações nas quais a relação capital e trabalho é ampliada para além das condições ditas objetivas. Analisamos um desses contextos em uma tradicional usina de açúcar e álcool da região de Ribeirão Preto, estado de São Paulo, entre as décadas de 1960 e 1990. Originada a partir de uma fazenda que outrora foi a segunda maior produtora mundial de café, essa usina conservou muitas características daquele período, como a concessão da moradia das antigas colônias e a gestão patrimonialista do trabalho, conciliadas com elementos de racionalização da produção e do trabalho. A abordagem daquela conjuntura permite afirmar a existência de uma articulação eficaz de formas tradicionais e modernas, que se estabeleceram nas relações entre usineiros e moradores. De forma específica, constatamos um conjunto de contrapartidas dadas pela empresa às famílias de moradores, no que se refere não apenas à moradia, mas também ao ingresso e crescimento destes dentro dos quadros hierárquicos da empresa. Através da reconstituição histórica da empresa e recuperação das trajetórias das famílias que residiram em suas moradias, discutiremos este modelo, suas características intrínsecas, assim como as condições que levaram a seu desaparecimento por conta do processo de reestruturação produtiva na década de 1990.

ASSUNTO(S)

sociologia do trabalho sociologia açúcar - usinas trajetórias familiares de trabalhadores moradia gestão do trabalho sugar mills work management productive restructuring reestruturação produtiva usinas de açúcar - trajetórias familiares de trabalhadores

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