Uréia para vacas em lactação: 1. Consumo, digestibilidade, produção e composição do leite
AUTOR(ES)
Silva, Rosângela Maria Nunes da, Valadares, Rilene Ferreira Diniz, Valadares Filho, Sebastião de Campos, Cecon, Paulo Roberto, Campos, José Maurício de Souza, Oliveira, Gisele Andrade de, Oliveira, Antonia Santos
FONTE
Revista Brasileira de Zootecnia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2001-10
RESUMO
Este trabalho foi conduzido, utilizando 15 vacas lactantes (Holandês x Gir) alimentadas à vontade com rações isoprotéicas, constituídas na base da matéria seca (MS) de 60% de silagem e 40% de concentrado, contendo 0; 0,7; 1,4; e 2,1% de uréia, correspondentes aos teores de 2,08; 4,01; 5,76; e 8,07% de proteína bruta na forma de compostos nitrogenados não-protéicos (NNP), com o objetivo de avaliar os consumos e as digestibilidades aparentes de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), carboidratos totais (CHO) e fibra em detergente neutro (FDN) e os consumos de nutrientes digestíveis totais (NDT). Também foram avaliadas possíveis alterações na produção e composição do leite. As vacas apresentaram peso vivo médio inicial de 511,8 kg e foram distribuídas ao acaso entre tratamentos. O período experimental teve duração de 90 dias para cada vaca, iniciando-se imediatamente após o parto. A fibra em detergente ácido indigestível (FDAI) foi usada como indicador para a determinação da digestibilidade aparente dos nutrientes. Os resultados obtidos foram interpretados estatisticamente por análises de variância e regressão. A adição de quantidades crescentes de NNP à dieta apresentou efeito linear decrescente sobre os consumos de MS, MO, FDN, PB, EE, CHO e NDT. Não foram observados efeitos dos níveis de NNP sobre as digestibilidades aparentes de MS, MO, PB, CHO e FDN. Para o EE, foi observado efeito quadrático, sendo a máxima digestibilidade de 89,12% obtida com teor estimado de 4,73% de NNP na MS. A produção máxima de leite, de 20,10 kg/dia, foi obtida com o teor estimado de 4,79% de NNP, ou 0,7% de uréia na MS total das rações. Observou-se redução linear do teor de gordura com o aumento dos teores de NNP nas rações, enquanto a proteína se comportou de forma quadrática, sendo o teor máximo de 3,4% estimado com 3,88% de NNP.
ASSUNTO(S)
ingestão nitrogênio não protéico (nnp)
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