UMA ÚNICA AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA MELHORA O DESEMPENHO ACADÊMICO SUBSEQUENTE EM ESTUDANTES DE ESCOLA RURAL

AUTOR(ES)
FONTE

Rev Bras Med Esporte

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

RESUMO Introdução: Os intervalos com atividade ou as intervenções com programas de exercícios na escola estão relacionados com a melhora da função cognitiva em adolescentes. Contudo, poucos estudos avaliaram a relação entre exercício físico e cognição em escolas de zonas rurais, onde os níveis de evasão são altos e o rendimento acadêmico é baixo. Objetivo: Analisar os efeitos de uma aula de exercício físico (EF) sobre o desempenho acadêmico subsequente dos alunos e o que sentem durante os testes de matemática (MAT) e de língua portuguesa (PO). Métodos: Trinta e seis estudantes (14,9 ± 1,5 anos) foram divididos randomicamente em dois grupos: um com 30 minutos de EF realizados a 74,3 ± 11,8% da FCmáx e um controle (CON), que permaneceram sentados assistindo a um filme antes dos testes (EF-MAT; EF-PO; CON-MAT; CON-PO). Resultados: O EF-MAT apresentou maior escore (5,3 ± 2,2) que o CON-MAT (4,0 ± 2,2). Os testes foram concluídos mais rapidamente no EF-PO (7,8 ± 3,3) do que no CON-PO (10,5 ± 4,2). O número de respostas corretas por minuto foi maior no EF-MAT e no EF-PO (0,52 ± 0,25; 0,64 ± 0,51) do que no CON-MAT e no CON-PO (0,35 ± 0,19; 0,41 ± 0,41). Além disso, 38,9% do EF-MAT sentiram que estavam mais concentrados durante o teste, em comparação com apenas 16,7% do CON-MAT que se sentiram mais concentrados. Durante o a prova de português, 27,8% dos CON-PO reclamaram de maior apreensão quando comparados com 8,3% do EF-PO. Ainda, 36,1% relataram cansaço durante o teste de PO depois de EF, comparados com 8,3% do grupo CON-PO. Conclusão: A aula de EF melhorou o desempenho acadêmico dos adolescentes. Apesar da sensação de cansaço, mais estudantes sentiram menos apreensão e estavam mais concentrados durante os testes depois de EF. Nível de evidência I; Estudos de acurácia diagnóstica (STARD).

Documentos Relacionados