Uma travessia transatlântica: a primeira geração de mediadores e mediadoras da obra de Bourdieu no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Tempo Social

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Resumo O artigo apresenta os resultados de pesquisa sobre a participação brasileira na rede científica criada em torno de Pierre Bourdieu e seus(uas) colaboradores(as), especialmente Monique de Saint Martin, nos anos de 1970 e 1980, nos centros de pesquisa que ele dirigia. Pensando a circulação internacional das ideias a partir dos agentes, identificamos questões relativas aos três momentos decisivos da trajetória dos que introduziram a obra de Bourdieu no Brasil: 1) as suas formas de inserção na rede, considerando as suas relações anteriores, os vínculos institucionais, os capitais mobilizados; 2) os indícios do processo de socialização dos(as) brasileiros(as) no grupo de Bourdieu formado no CSE e CSEC nas décadas de 1970 e 1980; 3) o momento de dissolução da rede, que parece corresponder ao passo decisivo do envelhecimento social dos(as) brasileiros(as), quando adquiriram postos importantes no Brasil e desenvolveram seus próprios programas de pesquisa, ao tempo em que Bourdieu se tornava um “pensador global”. Utilizamos para tanto, a análise de trajetórias baseada nas cartas que ele trocou com esses agentes, catalogadas nos seus Arquivos, além de entrevistas com os/as participantes da rede, os currículos Lattes e depoimentos disponíveis em revistas e livros.

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