Uma revisão sobre a controversa classificação fisionômica da Floresta de Linhares, norte do Espírito Santo
AUTOR(ES)
Saiter, Felipe Zamborlini, Rolim, Samir Gonçalves, Jordy Filho, Salim, Oliveira-Filho, Ary Teixeira de
FONTE
Rodriguésia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-12
RESUMO
Resumo Apresentamos uma revisão das visões controversas acerca da classificação fisionômica da Floresta de Linhares, aqui definida como a floresta sobre tabuleiros costeiros que ocorre entre os rios Doce e Barra Seca, no norte do Espírito Santo. Compilamos informações sobre o clima estacional dessa região e analisamos a inter-relação das variações interanuais e da dinâmica sazonal da precipitação com atributos ecológicos da floresta. Nossas interpretações revelaram que dados mensais médios de precipitação não exprimem a realidade dos períodos biologicamente secos ano a ano e suas consequências sobre a fisionomia da vegetação. Percebemos que a Floresta de Linhares pode se manifestar como semidecídua ou perenifólia, a depender da severidade da seca em um dado período. Então, propomos que a flexibilidade do regime de renovação foliar da Floresta de Linhares deve ser considerada em sua classificação. Sugerimos classificar a floresta duplamente como estacional semidecidual nos períodos anuais ou supra-anuais caracterizados por deficit hídrico pronunciado, e como floresta estacional perenifólia nos períodos anuais ou supra-anuais sem deficit hídrico significativo.
ASSUNTO(S)
deficit hídrico floresta de tabuleiro floresta estacional semidecidual floresta estacional perenifólia sazonalidade de precipitação
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