Uma política feminista da ambivalência: lendo com Emma Goldman
AUTOR(ES)
Hemmings, Clare
FONTE
Rev. Estud. Fem.
DATA DE PUBLICAÇÃO
14/11/2018
RESUMO
Resumo: A teoria feminista confronta mundialmente no presente momento - talvez como sempre tenha feito - uma série de profundos desafios. Por um lado, a consciência de desigualdades sexuais e de gênero parece alta; por outro, a cooptação do feminismo por agendas nacionalistas ou de extrema direita é frequente. Por um lado, aumentam os movimentos sociais feministas, e por outro há uma continuada supremacia do feminismo hegemônico e uma resistência a intervenções interseccionais não binárias. Se adicionarmos o colapso da esquerda face aos movimentos radicais como os que embasaram o Brexit e Trump (e a frequente acusação ao feminismo de ter fragmentado a esquerda) fica difícil saber o que argumentar, com quem e para quê. Diante desse quadro, fica-se tentada a responder com um feminismo dogmático ou singular, ou insistir na necessidade de uma plataforma compartilhada, clara e precisa. Quero argumentar, no entanto, - com Emma Goldman (ativista anarquista que morreu em 1940) como guia - que pode ser politicamente produtivo abraçar e teorizar a incerteza, e mesmo a ambivalência, com relação à igualdade de gênero e ao feminismo.
ASSUNTO(S)
feminismo ambivalência emma goldman
Documentos Relacionados
- Prefácio à Emma Goldman: tráfico de Mulheres
- Emma Goldman e a experiência das mulheres das classes trabalhadoras no Brasil
- Amando de olhos abertos: Emma Goldman e o dissenso político nos EUA
- Translocalidades: por uma política feminista da tradução
- Construindo uma política feminista translocal da tradução