Uma nova podridão pós-colheita de frutos de quiabo causada por Rhizoctonia solani

AUTOR(ES)
FONTE

Fitopatologia Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-06

RESUMO

Frutos de quiabo apresentando podridão e lesões marrons foram coletados em um supermercado de Brasília DF. O objetivo deste trabalho foi identificar o agente causal e comprovar o envolvimento do fungo como causador da doença (Postulados de Koch) e determinar algumas condições favoráveis à ocorrência da doença em frutos de quiabo após a colheita. O patógeno foi identificado como Rhizoctonia solani baseado nas suas características morfológicas, como hifas marrons a ocre, com ramificações laterais em ângulos quase retos com constrições na base, células da hifa com 6-10 µm de largura com um septo perto da base. Cinco isolados foram obtidos dos frutos infectados e identificados como sendo do grupo de anastomose AG 1-IB. Frutos de quiabo cv. Santa Cruz 47 inoculados com discos de micélio de R. solani com e sem ferimentos e mantidos em câmaras úmidas, a 25 ºC, por sete dias ficaram completamente apodrecidos pelo patógeno, com cor marrom, enquanto somente os frutos com ferimentos mantidos a 12 ºC apresentaram lesões pequenas, variando de 0,6 a 1,0 mm de diâmetro. Em outro experimento, foi demonstrado que o patógeno foi capaz de crescer na superfície de diferentes materiais usados na confecção de embalagens de produtos hortícolas, como madeira de pinus, papelão corrugado, plástico, isopor e folhas de jornal mantidos em câmara úmida (24 ºC, 96 % UR). A ocorrência da doença está relacionada com manuseio pós-colheita inadequado, e a transmissão de propágulos do fungo junto com restos culturais ou partículas de solo. Este é o primeiro relato de R. solani causando podridão pós-colheita em frutos de quiabo no Brasil.

ASSUNTO(S)

abelmoschus esculentus frutos imaturos doenças

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