Uma metodologia para a psicanálise

AUTOR(ES)
FONTE

Psicol. clin.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-07

RESUMO

Alain Badiou lamentou a hegemonia contemporânea da álgebra (que lida com números) em detrimento da geometria (que lida com formas e figuras). Seguindo o ideal do cogito cartesiano de recobrimento do ser pelo saber, a ciência tem buscado tudo apreender em termos quantitativos, passível de mensuração. Sabemos também que, classicamente, a universalidade é concebível apenas no apagamento das singularidades. Como pensar, nesse contexto, um sujeito? É possível uma fórmula contemplar conjuntamente o universal (matema) e o singular (a que se refere um sujeito)? Torna-se interessante a progressiva escolha de Lacan em trabalhar com a teoria matemática das categorias que se interessam por setas, ou funções, e as deformações que aí se operacionalizam. Poderíamos aventar que Lacan propõe uma metodologia da transformação, ao forçar a ex-sistência do real como terceiro elemento indissociável da consolidada associação científica do saber com a verdade, forçando a subversão do que seriam esses dois últimos termos.

ASSUNTO(S)

ciência psicanálise sujeito topologia real

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