Uma investigação sobre a estrutura cognitiva e a aprendizagem no portador de deficiencia visual : visão subnormal

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1996

RESUMO

Neste trabalho procurou-se investigar a aprendizagem e estrutura cognitiva do portador de deficiência visual visão subnormal: moderada, severa e profunda. A coleta de dados sobre a estrutura cognitiva, foi realizada com a aplicação de provas piagetianas em 19 sujeitos deficientes visuais e 09 com visão normal. Para investigar a aprendizagem foram utilizados questionários respondidos por professores do Ensino Regular, onde estudam sujeitos portadores de visão subnormal. De forma similar foram respondidos questionários sobre os alunos de visão normal, com as mesmas dificuldades acadêmicas dos deficientes visuais. Foram comparados os desempenhos operatórios e a aprendizagem dos portadores de deficiência visual- visão subnormal, que freqüentam Escola Residencial, com os que residem com a família. Os pais dos sujeitos que residem com a família, responderam um questionário sobre as questões ligadas a deficiência, assim como os professores que atuam com Educação Especial. As informações colhidas tiveram como objetivo levantar dados referentes a visão do professor e da família, quanto à rejeição e superproteção em relação ao deficiente. Foram comparados os desempenhos operatórios entre dos sujeitos deficientes visuais visão subnormal e dos não deficientes. Os resultados obtidos foram os seguintes: os desempenhos operatórios dos portadores de visão sub-normal foram superiores aos dos sujeitos com visão normal; os sujeitos que freqüentam programas de Educação Especial e são bem estimulados, obtiveram maior desempenho operatório; os sujeitos que residem com a família superaram em desempenho operatório as que não residem; as dificuldades acadêmicas foram similares entre o grupo de sujeitos deficientes visuais e no de não deficientes, excetuando as que se referem especificamente à visão; e os profissionais do magistério tanto do Ensino Regular como Especial, apresentaram dificuldades em reconhecer causas do fracasso acadêmico. Concluiu-se que, a deficiência visual não determina as dificuldades na aprendizagem e no desenvolvimento cognitivo, mas, há interferência a dinâmica familiar, na forma de ensinar, e principalmente pela ocorrência de atividade rejeição e superproteção

ASSUNTO(S)

educação desenvolvimento cognitivo deficientes visuais aprendizagem psicopedagogia

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