Um olhar sobre a feminização da AIDS no Brasil

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

No Brasil, a AIDS completa vinte e cinco anos desde a descrição dos primeiros casos e continua a ser um tema contemporâneo e de extrema relevância. Os primeiros casos de AIDS estavam associados a homossexuais masculinos e usuários de drogas injetáveis. Esse perfil vem sofrendo mudanças. A transmissão por via heterossexual cresceu e é entre a população feminina que ela mais cresce. Este estudo tem como objetivo identificar e analisar as respostas do Programa Nacional de DST/AIDS do Ministério da Saúde ante a feminização da epidemia no Brasil. Trata-se de uma pesquisa documental, realizada através de documentos oficiais, publicações de agências mundiais e produções científicas. O resultado do estudo aponta que, efetivamente, o Programa Nacional de DST/AIDS vem desenvolvendo iniciativas para estruturar ações que inibam a transmissão vertical, ou seja, da mulher gestante para a criança. Ao analisar os dados referentes ao crescimento da epidemia entre as mulheres, conclui-se que não têm sido estruturadas respostas coordenadas, articuladas e sustentáveis que incorporem uma perspectiva de gênero. O perfil da epidemia sugere que as iniciativas dirigidas à proteção contra o risco de HIV/AIDS, na população feminina, precisam considerar a feminização da AIDS, no contexto das relações de gênero e das políticas públicas, como desafio central para seu redimensionamento.

ASSUNTO(S)

nutricao gênero aids brazil feminização feminization aids (doença) brasil mulheres gender

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