UM OLHAR CRÍTICO SOBRE A EVOLUÇÃO DA ECONOMIA CAPIXABA NAS ÚLTIMAS DÉCADAS: UMA ANÁLISE A PARTIR DAS TEORIAS DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E DE ESTATÍSTICAS DE INOVAÇÃO

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

A finalidade deste trabalho é estudar a evolução da economia do Espírito Santo a partir dos anos 1990, focando em seu setor industrial, à luz das interpretações acerca do desenvolvimento regional brasileiro e de indicadores de inovação. Para o alcance deste objetivo, fez-se um estudo crítico dos diversos trabalhos sobre o desenvolvimento regional do Brasil desde os anos 1990 até a atualidade, ressaltando-se os diferentes pontos de vista entre autores de centros como IE-UNICAMP, CEDEPLAR-UFMG e FEA-USP, e mostrando como os mesmos analisam o papel do Espírito Santo neste contexto. Ademais, analisou-se indicadores de ciência, tecnologia e inovação, comparando sempre a performance do Espírito Santo com a dos estados mais desenvolvidos e com os dados da média do país. O quadro encontrado sugere que, embora o Espírito Santo venha apresentando taxas de crescimento econômico acima da média nacional nas últimas décadas, isso não foi suficiente para ele se inserir na região mais dinâmica do país, a saber, a região do polígono, delimitada por Belo Horizonte, Uberlândia, Londrina-Maringá, Porto Alegre, Florianópolis e São José dos Campos. Os motivos para isso são: 1) as empresas industriais do estado apresentaram um desempenho bem modesto comparativamente aos estados da região do polígono nas atividades inovativas; 2) as exportações do estado estão concentradas em produtos de baixa intensidade tecnológica e produtos não-industriais; 3) a produção científica e tecnológica estadual é pequena em relação aos estados do polígono, além de existir um baixo nível de articulação entre as instituições de ensino e pesquisa e o setor produtivo; 4) e as taxas de cooperação com vistas à inovação também são diminutas. E, ceteris paribus, esta situação pode piorar no futuro em termos de potencial de crescimento econômico, dado que o Espírito Santo vive um processo de diversificação concentradora, ou seja, apesar da economia ter se diversificado nas últimas décadas ela é cada vez mais dependente da produção de commodities. As reservas naturais que sustentam a produção capixaba de commodities podem se esgotar, sem contar os limites ambientais e de espaço urbano decorrentes deste tipo de produção.

ASSUNTO(S)

ciência, tecnologia e inovação espírito santo regional development economia science, technology and innovation espírito santo desenvolvimento regional

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