UM “MODO FEMININO” DE PRODUZIR E ENSINAR TEOLOGIA: A DIFERENÇA COMO PROJETO POLÍTICO DE SUBJETIVAÇÃO E AGENCIAMENTO
AUTOR(ES)
Furlin, Neiva
FONTE
Educ. Soc.
DATA DE PUBLICAÇÃO
26/04/2018
RESUMO
RESUMO: Ao longo dos séculos, a tarefa de produzir e ensinar teologia tem sido uma atribuição exclusiva dos sujeitos masculinos, cujos agentes construíram discursos que desqualificaram o feminino para tais ações. A partir da década de 1970, impulsionadas pelas transformações socioculturais e institucionais, as mulheres começaram a se inserir neste campo de saber. Contudo, a área acadêmica da teologia continua sendo um reduto do sujeito masculino, o que exige das mulheres a construção contínua de estratégias para se legitimarem sujeitos de saber. Este trabalho evidencia como as docentes de teologia fazem da ação de ensinar e produzir saber uma estratégia política de afirmação positiva da diferença, no processo de tornarem-se sujeitos femininos, em um lugar historicamente estruturado como não inteligível para elas. O estudo toma por base as narrativas sobre a experiência de ensinar e produzir teologia de 14 docentes, que atuam em três instituições católicas.
ASSUNTO(S)
docência feminina teologia subjetividade diferença