"Um homem pra chamar de seu": discurso musical e construção de gênero
AUTOR(ES)
Neder, Alvaro
FONTE
Per musi
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-12
RESUMO
Este artigo examina o gênero musical como discurso do coletivo anônimo. Por esta via, a música participa poderosamente das construções de gênero e também das contestações a estas construções, por parte de grupos sociais anti-hegemônicos. Considerando-se as conotações socialmente atribuídas a certos subgêneros do rock, são analisadas as estratégias de contestação feminina às posições atribuídas às mulheres por meio da apropriação de papeis de dominação exercidos tradicionalmente por homens. Tais estratégias são iluminadas pelo confronto entre as interpretações de Marina Lima e Erasmo Carlos para Mesmo que seja eu, canção de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Relativizando a noção de autonomia autoral, o artigo subscreve a perspectiva pós-estruturalista de que os artistas são, eles próprios, discursos de um coletivo, e conclui considerando o papel da música, enquanto discurso social, na produção de novas subjetividades e na reestruturação da ordem social.
ASSUNTO(S)
discurso musical e gênero subjetividade e crítica cultural pós-estruturalismo na música
Documentos Relacionados
- Um telejornal pra chamar de seu: identidade, representação e inserção popular no telejornalismo local
- Um ensino para chamar de seu : uma questão de estilo
- “Um quarto só seu” e dinheiro na carteira: condições de produção em terapia ocupacional
- "Quando você é excluída, você faz o seu": mulheres e skate no Brasil
- A análise de discurso crítica e a construção semiótica das identidades de gênero