Um estudo sobre as origens sociais e a formação politica das lideranças sertanejas do Contestado, 1912-1916

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2001

RESUMO

Esta tese tem como objetivo a análise das origens sociais e da atuação política das lideranças sertanejas da Guerra do Contestado, ocorrida entre 1912 e 1916. Esta região, uma ftonteira agropecuária em expansão, foi alvo de um processo peculiar de apropriação dos solos, que resultou num perfil social heterogêneo e em distintos campos de exercício do poder local. As questões institucionais de disputas de limites entre os estados potencializaram a crise social local e aumentaram o impacto da ação da Brazil Railway e sua subsidiária Lumber and Colonization. A tradição sertaneja, representada pela figura legendária de João Maria, é retomada com a atuação do monge José Maria. Após a morte deste, ocorreu um processo de reelaboração de sua memória e de criação e de um conjunto de instituições e práticas sociais e religiosas que passaram a vigorar nos Redutos: As "formas", a organização do "Quadro Santo" e a formação dos "Pares de França" ou "Pares de São Sebastião". É analisada a concepção sertaneja de Monarquia e a prática do "comunismo caboclo". Uma segunda fase do movimento sertanejo, a partir de julho de 1914, buscou a expansão das novas relações sociais e religiosas ao entorno da região rebelada. É analisada a atividade de Adeodato, o último chefe rebelde

ASSUNTO(S)

camponeses - santa catarina movimentos sociais coronelismo milenarismo messianismo

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