Um estudo dos relatos afetivos subjetivos a estímulos do International Affective Picture System em uma amostra geriátrica brasileira

AUTOR(ES)
FONTE

Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-08

RESUMO

INTRODUÇÃO: A literatura científica indica a possibilidade de a percepção da emoção e a formação da memória emocional serem discordantes entre jovens e idosos. A mesma é pobre ao explorar essa possibilidade. Neste estudo, relatamos os resultados obtidos em um experimento-piloto com uma amostra de idosos brasileiros, que classificaram subjetivamente, através da escala Self Assessment Manikin, imagens oriundas do International Affective Picture System. MÉTODO: Quarenta e oito idosos voluntários da Universidade Aberta da Terceira Idade, saudáveis clínica e cognitivamente, avaliaram o caráter alertante e a valência afetiva de 71 imagens do International Affective Picture System, aleatoriamente escolhidas. RESULTADOS: O grau de alerta reportado por idosos diante de um estímulo emocional é tanto maior quanto menor o prazer provocado por essa imagem-estímulo, resultando na existência de uma forte correlação negativa (r = 0,93) entre o grau de alerta e o estímulo desprazeroso. Em uma comparação do acima obtido com outro experimento normativo semelhante feito com jovens brasileiros e americanos, apontou-se para uma possível diferença cultural na forma de relatar subjetivamente um estímulo emocional. CONCLUSÕES: Os resultados obtidos com esta amostra estudada sugerem que pode existir uma diferença nos relatos afetivos entre os jovens e idosos, onde uma normatização do International Affective Picture System para uma amostra maior, representativa da população de idosos, seria útil para responder esta questão.

ASSUNTO(S)

international affective picture system self assessment manikin idosos brasil

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