Um esboço de sociologia pragmática da ‘violência’

AUTOR(ES)
FONTE

Sociologias

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-08

RESUMO

Resumo O objetivo deste artigo é propor uma sociologia pragmática da violência. A partir de uma semiótica de uma operação cognitiva primordial contida nas definições de situação, a qualificação, caracterização fundamental das coisas, mapeamos os sentidos atribuídos àquilo que atores sociais em geral (e analistas em particular) tratam como violência. Observamos que essa operação preenche de sentido um objeto concreto, a força desproporcional, cujas ressignificações compõem uma tipologia de cinco “sociologias da violência”, tanto nativas quanto analíticas: uma substantivista; uma construtivista; uma política; uma crítica; e uma praxiológica. A esse quadro, sugerimos acrescentar uma sociologia pragmática: nela, a partir do entendimento do signo violência como um interpretante, buscamos compreender como, nas operações de qualificação, ele serve de elo entre metafísicas morais (formas de ver o mundo nas quais faz sentido o uso da força desproporcional) e dispositivos capazes de as atualizar.

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