Ultrassonografia tridimensional do assoalho pélvico após 3 anos de correção cirúrgica de incontinência urinária de esforço por sling retropúbico, transobturador, ou de incisão única
AUTOR(ES)
Rodrigues, Claudinei A., Bianchi-Ferraro, Ana Maria H. M., Zucchi, Eliana Viana Monteiro, Sartori, Marair G. F., Girão, Manoel J. B. C., Bella, Zsuzsanna I. K. Jarmy-Di
FONTE
Rev. Bras. Ginecol. Obstet.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-09
RESUMO
Resumo Objetivo Comparar por meio de ultrassom tridimensional (US-3D) a posição e o ângulo entre os braços da faixa, em diferentes técnicas de inserção de sling de uretra média, para tratamento de incontinência urinária de esforço, 3 anos após a cirurgia, correlacionando os achados ultrassonográficos aos resultados clínicos pós-operatórios. Métodos Este é umestudo de coorte transversal prospectivo de 170 pacientes que se submeteram a um procedimento de sling entremaio de 2009 e dezembro de 2011. Foi possível avaliar as imagens de US em 105 pacientes: 26 com tension-free vaginal tape (TVT), 42 com tension-free vaginal tape-obturator (TVT-O) e 37 com tension-free vaginal tape-Secur (TVT-S). As imagens (em repouso, em manobra de Valsalva e em contração perineal) foram analisadas por dois observadores diferentes, que desconheciam o tipo de sling utilizado na cirurgia, assimcomo as queixas da paciente. A análise estatística foi realizada por meio dos testes t de Student, qui-quadrado, Kruskal-Wallis, e análise de variância com comparações múltiplas de Tukey. Resultados As médias dos ângulos entre os braços da faixa foram: TVT = 119,94°, TVT-O = 141,93°, TVT-S = 121,06° (p < 0,001). As médias das distâncias entre o colo vesical e a faixa, em repouso, foram: TVT = 1,65 cm, TVT-O = 1,93 cm, TVTS = 1,95 cm (p = 0,010). A taxa de cura objetiva dos slings foi de 87,8% (TVT = 88,5%, TVT-O = 90,5% e TVT-S = 83,8%; p = 0,701). A taxa de cura subjetiva foi de 83,8% (TVT = 88,5%, TVT-O = 88,5% e TVT-S = 78,4%; p = 0,514). Os slings estavam na uretra média em 85,7% (TVT = 100%, TVT-O = 73,8% e TVT-S = 89,2%; p = 0,001) dos pacientes, e a localização mais distal foi associada a obesidade (distal: 66,7% obesas; uretra média: 34% obesas; p = 0.003). Os sintomas de urgência foram observados em 23,8% das pacientes (TVT = 30,8%, TVT-O = 21,4%, TVT-S = 21,6%; p = 0,630). Não houve diferenças significativas quando se comparam os achados ultrassonográficos e os grupos de pacientes com sintomas de urgência, cura subjetiva e objetiva. Conclusão O ângulo formado pelos braços da faixa foi mais obtuso noTVT-Oquando comparado com o TVT ou o TVT-S. Os TVTs foram localizados mais frequentemente na uretra média quando comparados com os outros dois grupos, mesmo em pacientes obesas. Entretanto, as medidas ultrassonográficas não tiveram correlação com os sintomas urinários três anos após a cirurgia.
ASSUNTO(S)
incontinência urinária ultrassonografia assoalho pélvico
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