Ultrassonografia testicular na avaliação andrológica de touros da raça nelore e composto montana tropical / Testicular ultrasonography in breeding soundness evaluation in nelore and montana tropical compound bulls

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/10/2010

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi estudar o padrão de ecogenicidade testicular de touros jovens em diferentes estádios de maturidade sexual, além da relação da ecotextura testicular e do grau de comprometimento provocado por lesões fibróticas, com a qualidade seminal de touros adultos da raça Nelore e Composto Montana Tropical. Foram utilizados 405 touros jovens (entre 21 e 33 meses de idade) e 402 touros adultos (de 2,8 a 11,1 anos de idade) da raça Nelore, 52 touros jovens (de 22 a 33 meses de idade) e 109 touros adultos (entre 2,9 e 11,8 anos) da raça Composto Montana Tropical. Os animais foram avaliados por exame andrológico e classificados como aptos e inaptos à reprodução pelos aspectos físicos e morfológicos do sêmen. Todos os animais foram a avaliação ultrassonográfica dos testículos, formando imagens em planos longitudinais, na face caudal dos testículos esquerdo e direito e as imagens foram transferidas ao computador com o auxílio do software “Image J”, captando a média da intensidade de pixels de cada imagem das regiões testiculares, em uma escala de valores em pixels variando de 0 (anecóico, imagem negra) a 255 (hiperecóico, imagem branca). Para os touros adultos foi atribuído um escore de pontos de fibrose testicular, de 0 a 6, a fim de quantificar os padrões, dimensões e freqüência das lesões fibróticas, onde: 0) nenhum ponto de fibrose observado no parênquima testicular; 1) 1 a 10 pontos de fibrose espalhados pelo parênquima testicular; 2) 11 a 30 pontos de fibrose espalhados pelo parênquima testicular; 3) 31 a 50 pontos de fibrose espalhados pelo parênquima testicular; 4) 51 a 100 pontos de fibrose espalhados pelo parênquima testicular; 5) mais de 100 pontos de fibrose espalhados pelo parênquima testicular; 6) áreas de fibrose de formas variadas acompanhadas por pontos de fibrose. A freqüência de animais jovens aptos à reprodução ficou em 68,7 e 30,8% para touros da raça Nelore e Composto Montana Tropical, respectivamente, enquanto que para os touros adultos observou-se médias maiores, de 91,3 e 87,2% para touros da raça Nelore e Composto Montana Tropical, respectivamente. Em relação à intensidade de pixels, o parênquima testicular dos touros avaliados demonstrou possuir um padrão homogêneo e moderadamente ecogênico, com intensidade de pixels dos touros jovens variando de 102,0 a 105,1 para os animais da raça Nelore e 94,0 a 95,7 em touros da raça Composto Montana Tropical. Nos animais adultos a amplitude ficou de 89,9 a 95,8 em touros da raça Nelore e de 92,4 a 95,3 nos touros da raça Composto Montana Tropical. Não houve correlação das características estudadas com os valores de intensidade de pixels das imagens estudadas (p >0,05). Em se tratando de animais adultos, os escores de ponto de fibrose testicular demonstraram baixa correlação com o perímetro escrotal, volume testicular e média correlação com a idade dos animais de ambas as raças estudadas (p <0,05) não possuindo correlação dos escores de ponto de fibrose testicular com a qualidade seminal (p >0,05). Portanto, somente a ultrassonografia testicular empregada na faixa etária dos animais jovens do presente estudo, não permitiu a avaliação do estádio de maturidade sexual dos mesmos. A quantificação da intensidade de pixels por meio da avaliação ultrassonográfica dos testículos isoladamente não foi eficaz em determinar a aptidão reprodutiva em touros adultos. Além disso, os diversos graus de fibrose testicular não afetaram a qualidade seminal.

ASSUNTO(S)

ecotextura testicular qualidade seminal touros ultrassonografia reproducao animal testicular echotexture sperm quality bulls ultrasonography

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