Ultra-sonografia com Doppler colorido e uso de contraste na diferenciação dos tumores ovarianos

AUTOR(ES)
FONTE

Revista do Hospital das Clínicas

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

O objetivo deste estudo foi diferenciar tumores ovarianos benignos e malignos antes da cirurgia através da ultra-sonografia com uso de Doppler colorido pulsátil e comparar os resultados obtidos antes e após o uso de contraste. MÉTODO: Foram estudadas sessenta e duas mulheres (idade média de 49,9 anos) com tumores ovarianos, sendo 45 benigos e 17 malignos. Todas foram submetidas a ultra-sonografia transvaginal com Doppler colorido. A pesquisa de fluxo vascular foi realizado em todas as áreas tumorais, assim como a avaliação da impedância através do índice de resistência. RESULTADOS: A localização dos vasos no tumor revelaram uma maior proporção de fluxo vascular interno detectável nos tumores malignos (64%) do que nos tumores benignos (22%). Houve entretanto uma considerável sobreposição destes achados. O uso de constrate foi capaz de identificar um grande número de vasos na totalidade dos tumores, mas não melhorou a capacidade do Doppler na diferenciação entre tumores benignos e malignos. Os tumores malignos apresentaram valores mais baixos de índice de resistência.IR do que os benignos, independentemente do uso de contraste. O valor de corte do índice de resistência. que maximizou a sensibilidade e a especificidade do Doppler foi de 0,55. Com este valor foi obtido um aumento na sensibilidade após o uso de contraste, variando de 47% a 82 %, enquanto a especificidade se manteve equivalente. CONCLUSÃO: Embora a injeção de agentes produtores de microbolhas aumentem a sensibilidade do método na diferenciação da natureza do tumor, este valor não se mostrou clinicamente util na avaliação de tumores ovarianos.

ASSUNTO(S)

ultra-sonografia transvaginal doppler sonografia massas anexiais neoplasia ovariana meios de contraste

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