U-Pb (LA-ICP-MS) em zircão detrítico e dados geoquímicos e de Nd em rocha total como parâmetros controladores da proveniência, idade deposicional e ambiente tectônico da Bacia metassedimentar do Piriá, norte do Brasil: implicações para evolução do Cinturão Gurupi
AUTOR(ES)
Lopes, Elem Cristina dos Santos, Klein, Evandro Luiz, Moura, Candido Augusto Veloso, Lucas, Fernando Rodrigo dos Anjos, Pinheiro, Bruno Luiz Silva, Rodrigues, Joseneusa Brilhante, Simas, Margarete Wagner
FONTE
Braz. J. Geol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-06
RESUMO
RESUMO: A Bacia do Piriá (Formação Piriá) é um rifte com forma de hemi-graben desenvolvido sobre rochas pré-cambrianas do Cinturão Gurupi. O conteúdo litológico se distribui em quatro litofácies que ocorrem interdigitadas: (1) arcóseos e grauvacas com níveis de pelitos, (2) siltitos e pelitos laminados, (3) arcóseos com estrutura hummocky, e (4) conglomerado oligomítico. Esse conjunto se formou em leques aluviais (conglomerados) e em sistema fluvial (arcóseos, grauvacas, siltitos e pelitos) que se estabeleceu e evoluiu à medida que a subsidência avançou e sofreu anquimetamorfismo e deformação tectônica muito leve. Análises U-Pb em zircão detrítico estabelecem idade máxima para a sedimentação em 591 Ma e indicam fontes detríticas com idades muito variáveis, do Neoproterozoico ao Arqueano. As fontes principais são do período Riaciano, que representa o principal período de formação de crosta continental no Fragmento Cratônico São Luís e no embasamento do Cinturão Gurupi. Fontes importantes do Neoproterozoico foram identificadas no segmento oriental da bacia. Fontes com idades desconhecidas na região foram também identificadas. Combinados, os dados U-Pb em zircão detrítico, os dados geoquímicos e de isótopos de Sm-Nd em rocha total, e petrográficos revelam proveniência principal a partir de rochas félsicas e intermediárias proximais e de fontes sedimentares retrabalhadas. Em conjunto, os resultados indicam que a Formação Piriá se depositou em bacia pós-orogênica relacionada com o estágio final do ciclo orogênico Brasiliano, responsável pelo soerguimento do Cinturão Gurupi.
ASSUNTO(S)
ciclo brasiliano/pan-africano proveniência bacias pós-orogênicas sedimentologia cinturão gurupi cráton são luís
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