Tumores de pele não melanoma: estudo retrospectivo do perfil epidemiológico e desfecho a partir de margens comprometidas

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Cirurgia Plástica

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

RESUMO Introdução: Os carcinomas de pele do tipo não melanoma são responsáveis por 30% dos tumores malignos no Brasil. O objetivo deste artigo foi avaliar o perfil epidemiológico e a conduta tomada a partir do diagnóstico histopatológico de margens comprometidas em pacientes com carcinomas de pele do tipo não melanoma tratados primariamente com cirurgia. Métodos: Estudo tipo coorte retrospectivo observacional. Os dados foram coletados de prontuário eletrônico de 1495 pacientes, apresentando 2457 carcinomas de pele do tipo não melanoma, operados entre janeiro de 2015 a dezembro de 2019. Resultados: Houve maior prevalência em homens (52,4%) e entre a sexta e a sétima décadas de vida (41,1%). O carcinoma basocelular foi o tipo histológico mais comum (75%). O risco de desenvolver carcinoma espinocelular foi 57,2% maior em pacientes com idade acima de 61 anos (risco relativo=1,572 (IC 95%: 1,316-1,878; p<0,0001)). Margens comprometidas foram reportadas em 15,8% dos casos, sendo mais comuns na face (19,5%) e nos pacientes com carcinoma espinocelular (p<0,05), com risco relativo=1,382 (IC95%:1,135-1,683; p=0,0013). Tratamento adicional foi indicado em 74,6% dos casos, sendo as condutas mais comuns a ampliação de margens (55,6%) e radioterapia (42,4%). A escolha entre intervenção ou observação apresentou relação com o tipo histológico (p<0,05), porém não foi possível afirmar sua relação com a faixa etária (p>0,05). Conclusão: O estudo possibilitou melhor compreensão do perfil dos pacientes com carcinomas de pele do tipo não melanoma, bem como o percentual de margens comprometidas após excisão cirúrgica inicial e o tratamento realizado.

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