Tuberculose na infância e adolescência: um olhar sob perspectivas diferentes

AUTOR(ES)
FONTE

J. Pediatr. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-03

RESUMO

Resumo Objetivo Descrever a situação epidemiológica da tuberculose nos menores de 19 anos no Brasil e revisar as últimas publicações sobre risco de adoecimento, diagnóstico, tratamento e prevenção. Fonte dos dados Banco de notificação Brasil (2018), estimativas da Organização Mundial da Saúde e artigos do PubMed selecionados pelo descritor Tuberculosis, delimitaram-se tipo de estudo, período, idade e língua. Síntese dos dados Em 2018, no Brasil, 9,4% das notificações foram nos menores de 19 anos. Predominou a forma pulmonar em 80,1% dos casos. A taxa de cura foi de 76,8%, letalidade 0,8% e abandono 10,4%. A prevalência de tuberculose drogarresistente (2011 a 2016) foi 0,5%. Encontrou-se que o risco de adoecimento pode chegar até 56%, nos menores de cinco anos, influenciado por coinfecções com helmintos, malária, infecções virais crônicas, vacinas de vírus vivos atenuados e hipovitaminose D. A exposição ao doente bacilífero por períodos menores de 30 minutos é suficiente para o desenvolvimento de infecção e/ou doença. No Brasil, recomenda-se a pesquisa microbiológica, porém mantem-se o uso do Sistema de Pontuação, modificado em 2019. Estudos sobre detecção da infecção respaldaram o uso da prova tuberculínica. No tratamento, o grande avanço foi a introdução das formulações dispersíveis, adequação das doses preconizadas e esquemas encurtados para infecção latente. Vários estudos de vacinas (fases de 1 a 3) estão em andamento, mas ainda sem substituto licenciado para a BCG. Conclusões Observaram-se progressos no tratamento, porém ainda há grandes desafios para melhorar o diagnóstico, monitoramento e desfecho dos casos em busca da eliminação da tuberculose.

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