Troponina I por Percentil 99 da Definição Universal de Infarto do Miocárdio versus Ponto de Corte de Melhor Acurácia em Síndromes Coronárias Agudas

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Cardiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Resumo Fundamento O diagnóstico de síndrome coronária aguda (SCA) e a estratificação de risco contemporâneos são fundamentais para o manejo apropriado e redução da mortalidade e eventos isquêmicos recorrentes, tanto na fase aguda quanto após hospitalização. A Definição Universal de Infarto do Miocárdio recomenda a detecção de curva de troponina acima do limite superior do percentil 99. Objetivos Avaliar a ocorrência de óbito e infarto agudo do miocárdio (IAM) na fase precoce em pacientes sem elevação de troponina (<0,034 ng/mL), pacientes com mínima elevação [acima do percentil 99 (>0,034 ng/mL e <0,12 ng/mL)], e pacientes com maiores elevações [acima do ponto de corte para IAM pelo kit utilizado (≥0,12 ng/mL)]; e avaliar o impacto dos níveis de troponina na indicação de estratégia invasiva e revascularização miocárdica. Métodos Estudo de corte transversal de pacientes com SCA com avaliação do pico da troponina I, escores de risco, análise prospectiva de desfechos clínicos até 30 dias e testes bilaterais de significância, com nível de significância adotado sendo < 0,05. Resultados Foram avaliados 494 pacientes com SCA. Troponina > percentil 99 e abaixo do ponto de corte, assim como valores maiores (acima do ponto de corte), foram associados à maior incidência do desfecho composto (p<0,01) e de revascularização percutânea ou cirúrgica (p<0,01), sem diferença significante em mortalidade até 30 dias. Conclusões Valores de troponina elevados acima do percentil 99 pela Definição Universal de IAM apresentam papel prognóstico e agregam informação útil ao diagnóstico clínico e escores de risco na identificação de pacientes com maior probabilidade de benefício com estratificação invasiva e procedimentos de revascularização coronária.

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