Trombose aguda de artéria renal após transplante de rim

AUTOR(ES)
FONTE

J. vasc. bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-12

RESUMO

A perda precoce de transplante renal resultante de trombose aguda da artéria renal permanece sendo uma complicação constante e devastadora, com uma incidência de 0,2-7,5%. Apesar de incomum, a obstrução da artéria no período pós-operatório imediato é uma emergência cirúrgica e deve ser descartada caso a diurese previamente estabelecida se interrompa de forma súbita. A trombose arterial pode ocorrer como resultado de dano à artéria previamente doente, problemas com anastomoses, hipercoagulabilidade ou mal posicionamento do enxerto. Neste estudo, analisamos os dados de 105 receptores de transplante renal que apresentaram disfunção aguda do enxerto no pós-operatório entre janeiro de 2006 e maio de 2012, para identificar casos de trombose aguda da artéria renal. Relatamos nossa experiência com retransplante imediato após trombose precoce de transplante renal. Ao todo, dois (1,9%) pacientes apresentaram trombose precoce (dentro de 48 horas após a cirurgia) da artéria renal do enxerto. Em ambos os casos, não haviam ocorrido complicações relacionadas a lesões ateroscleróticas ou outros estados trombofílicos durante o transplante, e a diurese pós-operatória havia sido estabelecida com sucesso, porém cessou bruscamente no pósoperatório imediato. Ecografia dúplex de emergência foi realizada e revelou trombose aguda de artéria renal nos dois pacientes. Os pacientes foram operados imediatamente, e foi realizado o retransplante. Relatamos nossa experiência com retransplante imediato após disfunção precoce do enxerto primário devido a trombose da artéria renal. Concluise que o monitoramento da diurese no pós-operatório e, se necessário, a realização do retransplante imediato nessa situação podem ser um tratamento bem-sucedido para evitar a perda do enxerto.

ASSUNTO(S)

artéria renal rombose transplante renal

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