Triagem e diagnóstico de depressão pós-parto: quando e como?

AUTOR(ES)
FONTE

Trends Psychiatry Psychother.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-03

RESUMO

Resumo Introdução: A prevalência de depressão pós-parto (DPP) varia consideravelmente dependendo dos parâmetros metodológicos utilizados: diferentes populações, métodos de diagnóstico e o tempo pós-parto considerado. Também não há consenso sobre o momento ideal para a triagem, se a DPP pode ser diagnosticada apenas no período puerperal, e por quanto tempo após o parto a depressão pode ser relacionada a ele. Objetivo: Revisar os instrumentos mais usados recentemente para rastreamento e diagnóstico de DPP e os períodos predominantes de diagnóstico. Métodos: Foram selecionados apenas artigos relacionados exclusivamente ao rastreio e diagnóstico publicados num período de 5 anos. A amostra incluiu 22 artigos. Resultados: A Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS) foi a ferramenta mais frequente, utilizada em 68% da amostra (15 artigos), seguida pelo Inventário de Depressão de Beck (27%, 6 artigos) e o Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) (18%, 4 artigos). O tempo de rastreio foi definido em 21/22 artigos: 0-3 meses pós-parto em 9 (43%), < 6 meses em 4 (19%), e ≤ 12 meses em 8 (38%). Treze artigos selecionaram as mulheres durante os primeiros 6 meses (59%), enquanto apenas 8 (36%) o fizeram até 1 ano. Conclusão: A EPDS foi o instrumento mais utilizado para o diagnóstico de DPP, mas outras escalas também foram aplicadas. O período mais comum para o diagnóstico foi de < 3 meses pós-parto. No entanto, alguns pesquisadores consideraram o diagnóstico de PPD em ≤ 12 meses após o parto. Há necessidade de maior padronização de parâmetros em relação à investigação desta doença.

ASSUNTO(S)

depressão pós-parto depressão perinatal triagem diagnóstico

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