Tríade terrível do cotovelo: avaliação do tratamento cirúrgico
AUTOR(ES)
Gomide, Leandro Cardoso, Campos, Dagoberto de Oliveira, Sá, José Maria Ribeiro de, Sousa, Marcelo Rangel Pamfílio de, Carmo, Thiago Correa do, Andrada, Fernando Brandão
FONTE
Revista Brasileira de Ortopedia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011
RESUMO
OBJETIVOS: Avaliar a epidemiologia e os resultados cirúrgicos do tratamento das fraturas-luxações de cotovelo, incluindo apenas os casos que associam a luxação com a fratura do processo coronoide e da cabeça do rádio (tríade terrível). MÉTODO: Foram avaliados 19 pacientes, sendo 12 do gênero masculino e sete do gênero feminino. Foi feita uma análise dos prontuários para coleta de dados a respeito do mecanismo do trauma, padrão das fraturas, tempo para a cirurgia e tipo de procedimento realizado. Foi realizada a avaliação clínica para mensuração dos arcos de movimento do cotovelo e aplicação do questionário MEPS. RESULTADOS: O mecanismo de trauma mais comum em nossa casuística foi a queda de altura (12 pacientes). Todos os pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico sendo que o tempo médio entre a data do trauma e a cirurgia foi de 16,1 dias. O seguimento médio foi de 50,3 meses. Foram obtidos arcos de flexo-extensão média de 112° e pronossupinação de 127,9°. A média do questionário MEPS foi de 86 pontos, sendo encontrados resultados excelentes e bons em 15 dos pacientes (79%). O tempo para a cirurgia, arco de flexoextensão final maior que 100° e a contratura em flexão menor que 30° se mostraram estatisticamente significantes para o bom resultado clínico final. Cinco pacientes tiveram complicações, sendo três em relação a nervos periféricos, uma pseudoartrose e uma instabilidade recorrente. CONCLUSÃO: Apesar da gravidade da lesão encontrada na tríade terrível do cotovelo, a maioria dos pacientes avaliados obteve um cotovelo estável com bons resultados clínicos. Os fatores que levam a melhores resultados clínicos são: cirurgia antes de 14 dias de lesão, arco de flexo-extensão maior que 100° e contratura em flexão menor que 30°.
ASSUNTO(S)
luxações articulação do cotovelo fraturas do rádio
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