Treinamento dos músculos do assoalho pélvico nos sintomas da bexiga hiperativa – Um estudo prospectivo

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-12

RESUMO

Resumo Introdução: O treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) envolve a contração dos músculos puborretal, esfíncteres anal e uretral externo, inibindo a contração do detrusor, o que justifica sua utilização no tratamento dos sintomas da bexiga hiperativa (BH). Objetivo: Verificar os efeitos do TMAP isolado sobre a sintomatologia da BH. Método: Ensaio clínico prospectivo com 27 mulheres com incontinência urinária mista (IUM), com predomínio de sintomas de BH e perda ≥ 2 g no pad test. Avaliaram-se: função dos músculos do assoalho pélvico (MAP) (palpação digital e manometria); sintomas urinários (noctúria, frequência e perda urinária); grau de incômodo dos sintomas de BH (Overactive Bladder Questionnaire [OAB-V8]); e qualidade de vida (Incontinence Quality-of-Life Questionnaire [I-QoL]). O programa de TMAP consistiu em 24 sessões ambulatoriais (2x/semana + TMAP domiciliar). Os testes de Mann-Whitney e Wilcoxon (com nível de significância de 5%) foram utilizados para analisar os dados. Resultados: Observou-se melhora significativa dos sintomas urinários ao pad test (5,8±9,7; p<0,001); ao diário miccional (perda urinária [0,7±1,1; p=0,005] e noctúria [0,8±0,9; p=0,011]). Foram observados redução do grau de incômodo dos sintomas urinários conforme questionário OAB-V8 (10,0±7,7; p=0,001) e significativos resultados na função dos MAP: Oxford (3,6±0,9; p=0,001), Endurance (5,2±1,8; p<0,001), Fast (8,9±1,5; p<0,001) e manometria (26,6±15,8; p=0,003). No mais, a qualidade de vida teve significativa melhora nos três domínios avaliados pelo I-QoL. Conclusão: O TMAP sem quaisquer orientações adicionais melhora a sintomatologia, a função dos MAP e a qualidade de vida de mulheres com sintomas de BH.

ASSUNTO(S)

incontinência urinária diafragma da pelve modalidades de fisioterapia

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