Treatment of shrimp effluent by sedimentation and oyster filtration using Crassostrea gigas and C. rhizophorae

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Archives of Biology and Technology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-06

RESUMO

Em escala laboratorial, foi comparada a eficiência de remoção de material particulado presente no efluente do cultivo de camarão branco Litopenaeus vannamei, mediante o processo de sedimentação e filtração com ostra nativa Crassostrea rhizophorae e com ostra do pacifico Crassostrea gigas. No processo de sedimentação foram empregados tanques cilindro cônico, em duplicata, de cor preta com 100 L de capacidade total. Para o processo de filtração foram empregados tanques cilindro cônicos, em triplicata, de cor preta de 50 L de volume total. No tratamento de filtração cada unidade experimental foi estocada com 15 indivíduos de ostras de ambas as espécies, com peso médio entre 76 - 80 g, mantendo uma biomassa entre 1.065 e 1.174 g ostra por unidade. Também foi empregado um tanque com as mesmas características ao de filtração, como controle, contendo apenas conchas de moluscos sem animal. O tempo de retenção hidráulica do efluente, em cada tratamento, foi de 6 horas, passando primeiro pelo processo de sedimentação e posteriormente o sobrenadante foi transferido para a filtração. As variáveis avaliadas no estudo foram pH, temperatura, oxigênio dissolvido, salinidade, turbidez, sólidos suspensos totais, sólidos voláteis totais, clorofila a e DBO5. No processo de sedimentação e de filtração, as variáveis temperatura, pH, salinidades e oxigênio dissolvido se mantiveram estáveis. O tratamento de sedimentação conseguiu uma remoção de 18,7%; 5,6%; 27,5%; 45,4% e 23,2 %, para a turbidez, sólidos suspensos totais, sólidos voláteis totais, clorofila a e DBO5, respectivamente, sendo que a clorofila a e a DBO5 foram as variáveis que no processo de sedimentação apresentaram diferenças estatísticas (P<0,05) em relação ao efluente bruto da fazenda. No processo de filtração, a ostra C. rizophorae resultou ser mais eficiente na remoção do material particulado do que a ostra C. gigas, com valores de 62,1%; 70,6%; 36,1%; 100% e 17,2% para as variáveis turbidez, sólidos suspensos totais, sólidos voláteis totais, clorofila a e DBO5, respectivamente. No mesmo processo, C. gigas obteve valores de 56,3%; 41,2%; 27,8%; 51,4% e 8,0% para as essas variáveis. Quando comparados estatisticamente, os desempenhos da C. rizophorae e C. gigas, no processo de filtração, observam-se diferenças significativas (P<0,05) na remoção de sólidos suspensos totais, sólidos voláteis totais e clorofila a. De acordo com os resultados obtidos, nas condições experimentais do teste, pode-se concluir que a ostra nativa apresenta um melhor desempenho que a ostra do pacifico no referente à eficiência de remoção de todos as variáveis avaliadas.

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