Treatment of shrimp effluent by sedimentation and oyster filtration using Crassostrea gigas and C. rhizophorae
AUTOR(ES)
Ramos, Roberto, Vinatea, Luis, Seiffert, Walter, Beltrame, Elpídio, Silva, Júlia Santos, Costa, Rejane Helena Ribeiro da
FONTE
Brazilian Archives of Biology and Technology
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-06
RESUMO
Em escala laboratorial, foi comparada a eficiência de remoção de material particulado presente no efluente do cultivo de camarão branco Litopenaeus vannamei, mediante o processo de sedimentação e filtração com ostra nativa Crassostrea rhizophorae e com ostra do pacifico Crassostrea gigas. No processo de sedimentação foram empregados tanques cilindro cônico, em duplicata, de cor preta com 100 L de capacidade total. Para o processo de filtração foram empregados tanques cilindro cônicos, em triplicata, de cor preta de 50 L de volume total. No tratamento de filtração cada unidade experimental foi estocada com 15 indivíduos de ostras de ambas as espécies, com peso médio entre 76 - 80 g, mantendo uma biomassa entre 1.065 e 1.174 g ostra por unidade. Também foi empregado um tanque com as mesmas características ao de filtração, como controle, contendo apenas conchas de moluscos sem animal. O tempo de retenção hidráulica do efluente, em cada tratamento, foi de 6 horas, passando primeiro pelo processo de sedimentação e posteriormente o sobrenadante foi transferido para a filtração. As variáveis avaliadas no estudo foram pH, temperatura, oxigênio dissolvido, salinidade, turbidez, sólidos suspensos totais, sólidos voláteis totais, clorofila a e DBO5. No processo de sedimentação e de filtração, as variáveis temperatura, pH, salinidades e oxigênio dissolvido se mantiveram estáveis. O tratamento de sedimentação conseguiu uma remoção de 18,7%; 5,6%; 27,5%; 45,4% e 23,2 %, para a turbidez, sólidos suspensos totais, sólidos voláteis totais, clorofila a e DBO5, respectivamente, sendo que a clorofila a e a DBO5 foram as variáveis que no processo de sedimentação apresentaram diferenças estatísticas (P<0,05) em relação ao efluente bruto da fazenda. No processo de filtração, a ostra C. rizophorae resultou ser mais eficiente na remoção do material particulado do que a ostra C. gigas, com valores de 62,1%; 70,6%; 36,1%; 100% e 17,2% para as variáveis turbidez, sólidos suspensos totais, sólidos voláteis totais, clorofila a e DBO5, respectivamente. No mesmo processo, C. gigas obteve valores de 56,3%; 41,2%; 27,8%; 51,4% e 8,0% para as essas variáveis. Quando comparados estatisticamente, os desempenhos da C. rizophorae e C. gigas, no processo de filtração, observam-se diferenças significativas (P<0,05) na remoção de sólidos suspensos totais, sólidos voláteis totais e clorofila a. De acordo com os resultados obtidos, nas condições experimentais do teste, pode-se concluir que a ostra nativa apresenta um melhor desempenho que a ostra do pacifico no referente à eficiência de remoção de todos as variáveis avaliadas.
Documentos Relacionados
- Parasitas em ostras de cultivo (Crassostrea rhizophorae e Crassostrea gigas) da Ponta do Sambaqui, Florianópolis, SC
- Experimental Self-Fertilization of the Pacific Oyster, CRASSOSTREA GIGAS, Utilizing Cryopreserved Sperm
- Proximate composition and fatty acid content of the mangrove oyster Crassostrea rhizophorae along the year seasons
- Expression of Overdominance for Specific Activity at the Phosphoglucomutase-2 Locus in the Pacific Oyster, Crassostrea Gigas
- Virus accumulation by the rock oyster Crassostrea glomerata.