Trauma vascular na Amazônia - o desafio das grandes distâncias
AUTOR(ES)
GÓES JUNIOR, ADENAUER MARINHO DE OLIVEIRA, RODRIGUES, ALLAN DIAS VASCONCELOS, BRAGA, FÁBIO BRITO, ANDRADE, MARISETH CARVALHO DE, ABIB, SIMONE DE CAMPOS VIEIRA
FONTE
Rev. Col. Bras. Cir.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-08
RESUMO
RESUMOObjetivo:avaliar a incidência de desfechos desfavoráveis, em pacientes operados por trauma vascular, e sua relação com a distância entre o local do acidente e o hospital onde o paciente recebeu o tratamento definitivo. Métodos:estudo descritivo e retrospectivo. Dados coletados nos prontuários de pacientes operados por lesões vasculares, entre fevereiro de 2011 e fevereiro de 2013, no único hospital de trauma com atendimento especializado em cirurgia vascular em uma vasta área da Amazônia. Foram analisados data do trauma, sexo, idade, mecanismo e topografia da lesão, tratamento cirúrgico, reintervenção, período de internação, complicações, amputação e mortalidade. A incidência de desfechos desfavoráveis foi avaliada de acordo com a distância entre a cidade onde ocorreu a lesão vascular eo hospital. Resultados: foram estudados 173 pacientes, com 255 lesões; 95,95% do sexo masculino (p<0,05), média de idade de 28,92 anos; 47,4% das lesões por projéteis de arma de fogo (p<0,05); distribuição topográfica: 45,66% (p<0,05) nos vasos dos membros inferiores, 37,57% nos membros superiores, 6,94% de lesões abdominais, 5,2% torácicas e 4,62% lesões do pescoço; 51,42% tiveram hospitalização por sete dias ou menos (p<0,05); amputação foi necessária em 15,6% e a mortalidade 6,36%.Conclusão:distâncias superiores a 200km foram associadas à internação prolongada; distâncias superiores a 300km foram associadas à maior probabilidade de amputação de membros; traumatismos vasculares graves estiveram associados a uma maior probabilidade de óbito quando os pacientes precisaram ser transportados por mais de 200km para o tratamento cirúrgico.
ASSUNTO(S)
causas externas ferimentos e lesões lesões do sistema vascular vasos sanguíneos artéria ulnar