Tratamento motor da fala na disartria flácida: um estudo de caso

AUTOR(ES)
FONTE

Audiol., Commun. Res.

DATA DE PUBLICAÇÃO

16/09/2019

RESUMO

RESUMO Este estudo descreveu o processo de avaliação das bases motoras e de intervenção, conduzido através da hierarquia do tratamento motor da fala em uma pessoa do sexo masculino, de 45 anos, que possui disartria flácida decorrente de acidente vascular encefálico. O paciente recebeu tratamento fonoaudiológico após três anos da lesão cerebral, dividido em 25 sessões semanais, que ocorreram durante oito meses. Foram realizadas avaliações fonoaudiológicas pré e pós terapia, bem como após cada período de tratamento de uma base motora. A terapia obedeceu à hierarquia do tratamento motor da fala, iniciando pela reabilitação da respiração, ressonância e prosódia, seguindo para terapia da fonação e, por último, ajustes da articulação. O paciente apresentou aperfeiçoamento em todas as bases motoras, adquirindo adequado suporte respiratório e ressonância durante a fala, melhorias na prosódia e precisão articulatória e mais estabilidade vocal. Além disso, quanto à autopercepção do paciente, em relação aos progressos terapêuticos, este relatou diminuição dos impactos da disartria na sua qualidade de vida. Sendo assim, foram evidenciados os benefícios do tratamento fonoaudiológico na disartria, principalmente ao seguir a estrutura proposta pela hierarquia do tratamento motor da fala. Os resultados permitiram concluir que uma adequada abordagem terapêutica pode proporcionar ganhos, mesmo alguns anos após a lesão cerebral.ABSTRACT This study described the motor speech bases assessment and therapeutic process conducted through the hierarchy of motor speech treatment in a 45-year-old person, male, that has flaccid dysarthria caused by stroke. This patient received speech-language therapy after three years since the brain lesion, during 25 weekly sessions that occurred in 8 months. Speech-language assessments were applied before and after therapy, as well as a specific evaluation after each base motor treatment. Therapy obeyed the hierarchy of motor speech treatment, initiating with respiratory and resonance rehabilitation, following by prosodic therapy, phonatory treatment and, lately, articulatory treatment. The patient showed improvements in all motor speech bases, acquiring adequacy in respiratory support and resonance during the speech, improvements in prosody, more articulatory precision, and vocal stability. Beyond that, about patient self-perception about therapeutic progressions, he related reduction of the dysarthria impacts in his life quality. In this way, the benefits of speech-language therapy in dysarthria had been evidenced, mainly at following the proposal of the hierarchy of motor speech treatment structure. Results allowed us to conclude that an appropriate therapeutic approach may offer benefits even years after cerebral lesion.

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