Tratamento endovascular dos aneurismas de arco aórtico
AUTOR(ES)
Chiesa, Roberto, Melissano, Germano, Tshomba, Yamume, Civilini, Efrem, Marone, Enrico Maria, Bertoglio, Luca, Calliari, Fabio Massimo, Di Bernardo, Bruno
FONTE
Jornal Vascular Brasileiro
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-06
RESUMO
CONTEXTO: O tratamento endovascular dos aneurismas do arco aórtico é uma solução interessante para pacientes selecionados. OBJETIVO: Comparar os sucessos técnico e clínico registrados nas diferentes regiões anatômicas do arco aórtico após a colocação de endoprótese. MÉTODOS: Entre junho de 1999 e outubro de 2006, 178 pacientes foram tratados na nossa instituição devido a doenças da aorta torácica com a colocação de endoprótese, sendo que o arco aórtico estava envolvido em 64 casos. De acordo com a classificação proposta por Ishimaru, a zona aórtica 0 estava envolvida em 14 casos, zona 1 em 12 casos e zona 2 em 38 casos. Procedimentos de debranching do arco aórtico e revascularização extra-anatômica dos troncos supra-aórticos foram realizados em 37 casos para obter um adequado colo aórtico proximal. RESULTADOS: Zona 0. Comprimento do colo proximal: 44±6 mm. Sucesso clínico inicial de 78,6%: dois óbitos (acidente vascular cerebral), um vazamento do tipo Ia. Seguimento médio de 16,4±11 meses com sucesso clínico a médio prazo de 85,7%. Zona 1. Comprimento do colo proximal: 28±5 mm. Sucesso clínico inicial de 66,7%: 0 óbitos, quatro vazamentos do tipo Ia. Seguimento médio de 16,9±17,2 meses com sucesso clínico a médio prazo de 75%. Zona 2. Comprimento do colo proximal: 30±5 mm. Sucesso clínico inicial de 84,2%: dois óbitos (um infarto cardíaco e uma embolização de múltiplos órgãos), três vazamentos do tipo Ia, um caso de conversão para operação aberta. Dois casos de paraparesia/paraplegia transitória tardia foram observados. Seguimento médio de 28,0±17,2 meses com sucesso clínico a médio prazo de 89,5%. CONCLUSÃO: Este estudo e a análise da literatura demonstram que o procedimento híbrido para moléstia do arco aórtico é factível em pacientes selecionados com alto risco para a operação convencional. Nossa experiência ainda é limitada pelo tamanho relativamente pequeno da amostra. Sugerimos reservar a zona 1 para pacientes inadequados para esternotomia ou em casos de comprimento do colo aórtico proximal > 30 mm apos revascularização da artéria carótida comum esquerda. Sugerimos realizar revascularização completa do arco aórtico em pacientes adequados com um colo aórtico proximal mais curto.
ASSUNTO(S)
arco aórtico tratamento endovascular endoprótese procedimento híbrido
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