Tratamento endoscópico do câncer epidermóide do esôfago

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Gastroenterologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-06

RESUMO

OBJETIVOS: Procurou-se avaliar o papel atual dos procedimentos terapêuticos endoscópicos no manejo do pacientes com carcinoma epidermóide do esôfago. LEVANTAMENTO DE DADOS: Utilizando o banco de dados do PubMed (U.S. National Library of Medicine), analisaram-se as publicações sobre o tema nos últimos 10 anos, cotejando-as com a experiência desenvolvida no Serviço de Endoscopia Gastrointestinal do Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. SÍNTESE DOS DADOS: Neste campo, destacam-se a ressecção endoscópica do câncer esofágico precoce e a tunelização do tumor avançado daquele órgão. A ressecção endoscópica da mucosa do câncer epidermóide precoce do esôfago é indicada quando a lesão é confinada ao epitélio (m1) ou à lamina própria (m2). A taxa de sobrevida conhecida de 5 anos após a ressecção endoscópica da mucosa do tumor epidermóide intramucoso do esôfago aproxima-se de 95%. CONCLUSÕES: Baseado nas evidências disponíveis, parece razoável indicar a ressecção endoscópica da mucosa como tratamento de primeira escolha para pacientes com carcinoma esofágico epidermóide intramucoso. Existem vários métodos endoscópicos paliativos para o alívio da disfagia em câncer esofágico avançado. A escolha variará de acordo com as características anatômicas e a localização do tumor, as preferências do paciente, a disponibilidade e a capacitação do centro assistencial. A taxa de sucesso técnico da colocação de próteses metálicas auto-expansíveis em estenose maligna praticamente atinge 100%. A taxa de efeito paliativo em longo prazo da disfagia aproxima-se de 80%, o que faz com que esta opção seja, até o momento, o tratamento paliativo de escolha para os sintomas de obstrução causados pelo câncer esofágico de células escamosas.

ASSUNTO(S)

neoplasias esofágicas carcinoma de células escamosas esofagoscopia

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