Tratamento do laringoespasmo em anestesia pediátrica por digitopressão retroauricular: relato de casos

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Anestesiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-12

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Os problemas com a via aérea pediátrica estão entre os maiores desafios que o anestesiologista pode encontrar em sua prática clínica. Dentre eles, destaca-se o laringoespasmo, que ocorre com freqüência duas a três vezes maior na população pediátrica. O objetivo deste trabalho foi relatar o tratamento de laringoespasmo realizado com digitopressão de ponto localizado atrás do lóbulo da orelha. A técnica é fácil, antiga, porém pouco divulgada. Pode ser utilizada de forma segura e rápida, dispensando o acesso venoso periférico que, em algumas situações, pode estar ausente. RELATO DOS CASOS: Dois casos de anestesia pediátrica em pacientes de 3 anos e de 6 meses de idade, nos quais ocorreu laringoespasmo. Ambos foram tratados apenas com a digitopressão da depressão retroauricular e evoluíram com pronta melhora do padrão respiratório e da saturação arterial de oxigênio. Como o laringoespasmo é complicação comum e potencialmente grave pela sua morbimortalidade, é necessário tratamento seguro, eficaz e rápido. CONCLUSÃO: O tratamento clássico do laringoespasmo é a administração de oxigênio a 100% com pressão positiva por unidade ventilatória (balão e máscara) e, se não houver resposta, administração venosa de 0,25 a 1 mg.kg-1 de succinilcolina. A técnica apresentada para tratamento do laringoespasmo é fácil, segura e eficaz, e realizada com digitopressão bilateral da região localizada atrás do lóbulo das orelhas. O laringoespasmo cedeu em poucos segundos e os pacientes tiveram evolução favorável.

ASSUNTO(S)

cirurgia complicaÇÕes

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