Tratamento de úlceras digitais na esclerose sistêmica: série de casos de 13 doentes e análise crítica dos resultados

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-05

RESUMO

Resumo Introdução: As úlceras digitais (UD) são complicações incapacitantes e recorrentes, associadas a menor qualidade de vida e maior mortalidade na esclerose sistêmica (ES). O tratamento baseia-se em antagonizar os mecanismos fisiopatológicos em causa. Objetivo: Descrever uma amostra de doentes com diagnóstico de ES e UD, o tratamento, as complicações e os resultados clínicos. Método: Série de 48 casos diagnosticados com ES, critérios de classificação ACR-EULAR 2013, seguidos entre 1999 e 2015, dos quais 13 apresentavam UD. O protocolo aplicado incluía ciclos de 21 dias de alprostadil podendo ser repetidos no caso de não existir cicatrização. Nos casos em que houve cicatrização foi iniciado bosentano. Resultados: No tratamento das UD, 12 doentes realizaram prostaciclina endovenosa, com necessidade de tratamentos repetidos em sete doentes. Doze doentes foram posteriormente tratados com bosentano, com recorrência de UD em três doentes, um deles com presença de anti-B2-GPI. Quatro doentes ficaram com cicatrizes e em três houve amputação digital, sendo casos de diagnóstico tardio. Conclusão: Os doentes mais jovens tiveram melhores resultados, possivelmente em razão de melhorias globais nos cuidados de saúde prestados e de referenciação precoce. A toxicidade dos antagonistas dos receptores da endotelina deve ser monitorizada, sobretudo em doentes com exposição prévia a drogas hepatotóxicas.

ASSUNTO(S)

esclerose sistêmica úlceras digitais

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