Tratamento de maxilas atroficas por meio de fixações zigomaticas : analise retrospectiva de 03 anos / Treatment of atrophic maxilla through zygomatic implants : retrospective analysis of 03 years
AUTOR(ES)
Jaime Giuseppe Rodriguez Chessa
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
A utilização de fixações zigomáticas e implantes convencionais para reabilitação de maxilas atróficas constitui uma alternativa recente e vem sendo amplamente descrito na literatura científica. Essas fixações foram desenvolvidas inicialmente para reabilitar pacientes que apresentavam seqüelas devido à ressecção de tumores sendo, atualmente, utilizados também como terapia para pacientes com reabsorção de osso alveolar em região posterior. O objetivo deste estudo foi avaliar retrospectivamente as fixações zigomáticas realizadas na área de Cirurgia Buco- Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas (FOP-UNICAMP) e da área de Implantologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de Guarulhos (FO-UnG) no período de Junho de 2006 a Julho de 2009. Para a realização deste estudo foram avaliados 29 pacientes submetidos à instalação de fixações zigomáticas. O tempo médio de proservação foi de 20 meses. Os dados obtidos nos prontuários clínicos foram transcritos para uma ficha de coleta de dados especificamente desenvolvida para esta pesquisa e transferidos periodicamente para serem analisados. Desse total, 18(62%) pacientes eram do gênero feminino e 11(38%) do gênero masculino. Das 67 fixações zigomáticas e 70 implantes convencionais instalados nos pacientes, 10 pacientes foram submetidos a carga imediata (34,48%) e 19 pacientes a carga tardia (65,51%) podendo se observar um índice de perda de 7,46% para os casos de carga imediata e 13,43% para os casos de carga tardia. Em relação a motivação para a instalação das fixações zigomáticas, o principal fator foi a queixa funcional, presente em 22 pacientes (75,86%), a queixa estética para 2 pacientes (6,9%) e a queixa funcional-estética em 5 pacientes (17,24%). A indicação principal foram os casos de reabsorção alveolar severa em 21 casos (72,41%), seguido pelos insucessos na reconstrução com enxerto ósseos intraorais e extraorais com 4 (13,79%),e 1 caso (3,45%), respectivamente. A reabilitação mais utilizada foi acomposta por duas fixações zigomáticas associadas a quatro implantes convencionais (44,82% dos casos), seguido pelo uso de 4 implantes zigomáticos (17,24%) e 2 fixações zigomáticos associadas a 2 implantes convencionais (13,79%). Em relação às complicações a principal foi a perda da osseointegração (40%), seguido por mucosite (20%) e a dor persistente (15%), sinusite (15%) assim como a exteriorização das fixações (10%). Quanto à perda das fixações zigomáticos, dos 67 implantes inicialmente colocados, 14 foram perdidos perfazendo uma taxa de insucesso de 20,90%. Foi realizada uma avaliação por meio de uma escala visual analógica (EVA) obtendo-se um nível de satisfação aceitável, a cirurgia foi considerada como pouco traumatizante e com melhora significativa da função e estética
ASSUNTO(S)
dental implants bones osseointegration osseointegração ossos - cirurgia implantes dentários
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000475192Documentos Relacionados
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