Tratamento das fraturas da diafise do umero com a placa em ponte : descrição e aplicação da tecnica em 15 pacientes

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2001

RESUMO

Este estudo desenvolveu-se no período de novembro de 2000 a julho de 2001, no Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. Na primeira fase, a via de acesso, a técnica e o tipo da placa foram definidos a partir de estudos em peças anatômicas e em cadáveres. Após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa e do consentimento formal pós informado, foram tratados todos os pacientes acima de 14 anos de idade que concordaram de livre e espontânea vontade em participar do estudo. Assim, foram operados 15 pacientes sendo 11 do sexo masculino com idade variando de 14 a 66 anos. Todas as fraturas eram unilaterais e em um caso houve necessidade de reoperação, pois o paciente sofreu novo acidente 45 dias após a primeira cirurgia. Dos 15 pacientes, 8 eram poliffaturados ou politraumatizados e dentre esses, 2 tinham fratura exposta. Os demais apresentaram fratura isolada do úmero, dos quais 1 era exposta. Em nenhum paciente houve lesão prévia isolada do nervo radial, mas em 2 pacientes ocorreram lesão do plexo braquial. Em todos os pacientes foi utilizado um acesso proximal entre o músculo deltóide e o músculo bíceps braquial, tanto para as fraturas médio-diafisáriascomo para as distais. Já o acesso distal foi feito entre os músculos bíceps braquial e braquial, no caso das fraturas do terço médio, enquanto que para as fraturas do terço distal o acesso acompanhou a borda lateral da extremidade distal do úmero com exposição sub-periosteal da região anterior da coluna lateral. Todas as fraturas foram fixadas pela técnica em ponte com apenas duas incisões, uma proximal e outra distal ao foco de fratura. Foram utilizadas placas DCP de grandes fragmentos, largas e estreitas, na sua maioria com 12 furos e fixadas com 4 corticais em cada extremidade. Não houve necessidade do uso do intensificador durante o procedimento. Todos os casos consolidaram com um tempo médio de 8 a 12 semanas, com exceção de um caso com fratura exposta lUA de Gustilo e Anderson e lesão do plexo braquial ipsi-lateral. Não houve infecção nem lesão do nervo radial ou de outra estrutura vasculo-nervosa. Todos os pacientes evoluíram com recuperação funcional do membro acometido, sem deformidades residuais significativas

ASSUNTO(S)

fraturas - fixação interna braços

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