Tratamento da hemorragia digestiva alta por varizes esofágicas: conceitos atuais
AUTOR(ES)
COELHO, Fabricio Ferreira, PERINI, Marcos Vinícius, KRUGER, Jaime Arthur Pirola, FONSECA, Gilton Marques, ARAÚJO, Raphael Leonardo Cunha de, MAKDISSI, Fábio Ferrari, LUPINACCI, Renato Micelli, HERMAN, Paulo
FONTE
ABCD, arq. bras. cir. dig.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-06
RESUMO
INTRODUÇÃO: O tratamento da hipertensão portal é complexo e a definição da melhor estratégia depende da causa subjacente (cirrose vs. Esquistossomose), da condição clínica e do momento em que é realizado (episódio agudo de hemorragia ou como profilaxia pré-primária, primária ou secundária). Com o advento de novas opções medicamentosas e o desenvolvimento da endoscopia e radiologia intervencionista, o tratamento da hipertensão portal tem sofrido grande transformação nas últimas décadas. OBJETIVO: Avaliar os avanços e as estratégias empregadas no tratamento emergencial e eletivo da hemorragia varicosa em pacientes cirróticos e esquistossomóticos. MÉTODO: Revisão bibliográfica nas bases de dados PubMed, Embase, Lilacs, SciELO e Cochrane até junho de 2013, com os descritores: portal hypertension, esophageal and gastric varices, variceal bleeding, liver cirrhosis, schistosomiasis mansoni, surgical treatment, pharmacological treatment, secondary prophylaxis, primary prophylaxis, pré-primary prophylaxis. CONCLUSÃO: Com relação à profilaxia pré-primária não existem estratégias específicas; a melhor recomendação é tratamento da doença de base. A proflaxia primária em pacientes cirróticos deve ser feita com betabloqueadores ou terapêutica endoscópica com ligadura elástica. Existe controvérsia quanto à efetividade da profilaxia primária em pacientes esquistossomóticos; quando indicada, faz-se com betabloqueadores ou terapêutica endoscópica nas varizes de maior risco. O tratamento do sangramento agudo é o com melhor sistematização e mais alto nível de evidência; a associação de drogas vasoconstritoras e terapia endoscópica proporcionou queda significativa na mortalidade nas últimas décadas. O TIPS e o tratamento cirúrgico são opções na terapia de resgate. A profilaxia secundária é feita com terapia farmacológica (betabloqueadores) e endoscópica em pacientes cirróticos. Na falha da profilaxia secundária, o TIPS ou o tratamento cirúrgico são opções viáveis para controle da recidiva hemorrágica. Apesar do aumento das evidências da eficácia da terapêutica farmacológica e endoscópica em pacientes esquistossomóticos, o tratamento cirúrgico ainda tem papel preponderante na profilaxia secundária destes pacientes.
ASSUNTO(S)
hipertensão portal varizes esofágicas e gástricas cirrose hepatica esquistossomose mansônica
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