Tratamento cirúrgico do câncer de endométrio em estágio clínico precoce sem linfadenectomia radical.

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-12

RESUMO

Objetivo: descrever a experiência dos autores com o tratamento cirúrgico do câncer de endométrio em estádio precoce sem linfadenectomia radical. Métodos: realizou-se estudo de coorte retrospectivo envolvendo um subgrupo de pacientes com câncer de endométrio em estágio clínico precoce tratadas com histerectomia e salpingo-ooforectomia sem linfadenectomia radical, em dois centros pernambucanos, de junho de 2002 a novembro de 2011. As variáveis foram descritas como mediana (intervalo interquartílico) ou frequências (percentuais), utilizando- se o método de Kaplan-Meier para a estimativa das taxas de sobrevivência. Resultados: oitenta e três pacientes submetidas a tratamento cirúrgico sem dissecção linfonodal (n = 20, 24,1%) ou com dissecção apenas por amostragem (n = 63; 75,98%) foram selecionadas para análise. Entre essas pacientes, 27 (32,53%) foram tratadas somente com cirurgia e 56 (67,46%) receberam tratamento adjuvante. Cinco pacientes apresentaram complicações pós-operatórias (6,02%). Durante o acompanhamento mediano de 27,4 meses (Q25 = 13,7 - Q75 = 46,5), 15 (18,07%) pacientes apresentaram recorrência, dentre as quais 11 faleceram em decorrência da recidiva neoplásica. Observou-se sobrevivência cumulativa proporcional livre de doença em um, dois e três anos de 97,32, 91,18 e 78,02%, respectivamente. Conclusão: em um contexto de indicação caso-a-caso, o tratamento cirúrgico do câncer de endométrio em estádio precoce sem linfadenectomia radical parece não ter prejudicado a sobrevivência e apresentou baixas taxas de morbidade cirúrgica em nossa experiência, mas também foi acompanhado de elevada utilização de terapia adjuvante.

ASSUNTO(S)

neoplasias do endométrio análise de sobrevida excisão de linfonodo

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